Quando falamos em sustentabilidade comunitária, precisamos nos ater ao cumprimento do propósito para o qual a comunidade cristã é chamada por Deus. Para isto, um mínimo de planejamento para a consecução dos fins e do propósito é necessário.

O próprio Senhor Jesus nos ensinou a respeito da importância em estarmos planejamento nossas ações concretas, quando nos traz duas comparações, que mostram como o planejamento é uma das condições para sermos seguidores de Cristo ( Lucas 14.25-33).

O planejamento com estratégia de atuação é fundamental para que a comunidade cristã, de forma ordeira, possa transmitir e vivenciar o evangelho em palavras e atitudes, nela e para fora dela. Sem sabermos qual o alvo que queremos atingir, estaremos atirando a esmo, sem foco e direção. Para o trabalho comunitário é importante estabelecer uma meta clara.

Sabermos para onde vamos e como vamos chegar até o ponto é fundamental, pois transmite seriedade, transparência e organização para quem participa da obra missionária da comunidade local.

Quando pensamos em planejamento, é fundamental sabermos responder algumas perguntas básicas: Queremos de fato levar o Evangelho para fora do nosso aprisco institucional? Queremos fazer mais pessoas seguidoras do amor de Jesus Cristo? Mas então, o que está nos impedindo de fazê-lo?

Comunidades cristãs que vivem o amor de Jesus Cristo e fazem novos seguidores tem algumas características em comum:

1. A liderança não tem medo em ousar;

2. A liderança é composta por pessoas que experimentaram o amor de Deus nos momentos mais desencorajadores da vida;

3. A liderança espera que sua comunidade cresça, tanto na comunhão como na diferença que ela faz para fora de seus limites.

E, como fazer isto? Devemos responder algumas perguntas básicas:

O que queremos fazer? Porque queremos fazer? Como iremos fazer? Quando iremos fazer? Quem irá fazer? Onde iremos fazer? Quanto queremos investir para isto acontecer? Qual o resultado que esperamos alcançar?

Com o trabalho desenvolvido não conseguiremos atingir a todas as pessoas com o amor revelado em Jesus Cristo. Devemos olhar para o exemplo da igreja primitiva, que se preocupava com os mais necessitados, assim como hoje:

1. Pessoas que perderam um familiar.

2. Pessoas com doentes ou deficientes na família.

3. Pessoas com problema de droga na família.

4. Casais com problemas conjugais.

5. Desempregados e pessoas com problemas financeiros.

6. Pais que tiveram seu primeiro filho.

7. Novos moradores do bairro ou cidade.

8. Visitantes que vêm no culto ou grupo da comunidade pela segunda vez.

Temos que ter claro em nosso planejamento que há muitas oportunidades que se abrem para vivermos o amor revelado por e em Jesus Cristo. Planejar a vivência do amor de Jesus em comunidade significa perturbar uma rotina confortável ao qual grande parte dos membros está ambientada.

Essa tarefa de planejar a vivência do amor de Jesus Cristo deve ser vista como uma ação contínua. Precisamos falar do planejamento de nossas atitudes comunitárias sempre, mesmo que isto pareça óbvio.

Precisamos planejar para não cairmos no improviso, não perdermos tempo, desperdiçarmos o empenho de pessoas, sermos displicentes com a vocação para a qual fomos chamados e também não estagnarmos no crescimento natural e orgânico da igreja.

Que Deus, na sua graça, misericórdia e amor, revelados em Jesus Cristo, possa nos orientar através do seu Santo Espírito. E que a Palavra de Deus norteie nosso agir como líderes da nossa amada comunidade IECLB.