Prezado/a leitor/a, quero meditar contigo sobre 1 Reis 15, focando em alguns versículos.
Tenho por costume, ao andar por estradas e ruas, observar o chão por onde caminho, e volta e meia tenho encontrado algumas coisas diferentes, bonitas e incomuns em meio à enorme quantidade de coisas e materiais iguais da estrada ou da rua.
Assim é quando nós estamos lendo a Bíblia. Às vezes passamos por longos trechos e passagens com uma enorme quantidade de coisas iguais, de relatos similares ou idênticos que não falam muita coisa para o nosso viver diário da fé.
A história dos reis de Israel e de Judá, no Antigo Testamento, pode ser para nós uma leitura um tanto improdutiva e chata, por vezes. Mas, quero convidar você a tirar algumas “pedras preciosas” em meio a esse trecho da Bíblia, da mesma forma como selecionamos pelo olhar, as pedras boas e bonitas dentre cascalhos e pedregulhos ao caminharmos pela estrada.
Nos versículos 9 até 11, ficamos sabendo sobre o rei Asa, de Judá. Ele foi um dos reis de seu tempo que fez o que agrada ao Senhor, e por isso viveu uma vida abençoada em seu longo reinado, mesmo com os riscos comuns de sua vida (vs. 16-22).
Asa é para nós a pedra preciosa do bom exemplo, em meio a tantas coisas ruins do nosso tempo, novamente nos lembrando de que a obediência a Deus traz bons frutos para a nossa vida, mesmo que não nos livre de todos os perigos e percalços no nosso caminho.
Fazer o que agrada a Deus, pode nos trazer grandes alegrias, bom cuidado, amparo, proteção e auxílio e nossos dias. Os bons frutos da obediência a Deus podem ser colhidos por nós, ainda em vida.
Agora quero pular para o fim do nosso capítulo 15 de 1 Reis, apontando para os versículos 33 e 34.
Na nossa presente passagem, quero falar, prezado/a leitor/a, sobre a desobediência a Deus, trazendo alguém que reinou no mesmo tempo em que o rei Asa, de Judá, mas que teve o seu reinado em Israel e se chamou Baasa.
Baasa desobedeceu a Deus, mesmo tendo bons exemplos anteriores ou de seu próprio tempo, e creio que isso não pôde ser usado como desculpa por ele em meio ao caminho que escolheu.
As consequências da desobediência de Baasa foram o afastamento de Deus na sua vida e reinado e também da vida de todas as pessoas de sua família nas gerações futuras.
Prezado/a leitor/a, quero meditar contigo sobre o que o nosso relacionamento com Deus ou a falta dele pode fazer em nossa vida. Precisamos “deixar Deus ser Deus” em nossos dias, para que experimentemos os bons frutos do pleno amor Dele em nós e para nós.
Uma vida sem Deus se torna mais dura, difícil e cheia de problemas para nós e para as pessoas que estão conosco.
E para concluir nossa meditação, convido a olharmos o texto de Êxodo 20.5-6.
Aqui, Deus resume toda a nossa fidelidade ou infidelidade, toda a nossa obediência ou desobediência a Ele.
Precisamos nos lembrar de que Deus é misericordioso, bom, compassivo e cheio de benevolência. Contudo, Ele também é justo, santo, íntegro, sábio, e não se deixa limitar pelos nossos pensamentos ou achismos.
Aqueles que o obedecem são abençoados, amparados, cuidados e experimentam o seu refrigério sobre si e sobre a sua descendência. Porém, aos desobedientes Ele retira sua mão e deixa ao próprio cuidado deles mesmos, fazendo com que, quando as consequências vierem, passem por elas sem Deus até certo ponto.
Aqui, porém, lembramos que até para os que se afastam Dele, Deus oferece arrependimento e perdão, para que uma nova chance de vida seja dada (Isaías 55.6-7). Portanto, se existe arrependimento, existe perdão e condução por parte de Deus, pois houve mudanças de atitudes e mente.
Deus, em sua graça e por meio de Cristo, quer se fazer presente em nossos dias, tornando a nossa vida melhor, mais fácil, abundante e cheia de bons frutos.
Que Deus nos abençoe para que sempre possamos andar em seu caminho, com a sua presença e companhia em todos os nossos dias, agindo para com os outros, com a mesma bondade e misericórdia que Ele tem para conosco. Amém.

Pastor Adelar Ragazzon Appelt – Iporã do Oeste, Paróquia de Mondaí – SC.