Graça e paz da parte de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Caros irmãos e queridas irmãs!
Vivemos numa época em que cada pessoa faz suas próprias leis e regras. Olhemos para o trânsito; olhemos para as festas; olhemos para a nossa família: filhos e casal; olhemos para a nossa comunidade com relação a contribuição financeira. Como agir de forma cristã quando há alguém que vai contra as leis e a própria vontade de Deus?
Nesta situação Jesus nos deixa orientação bem clara. Leio o que Jesus nos ensina em Mt 18.15-20.
O que nós fizemos com quem não se enquadra em nossa comunidade, sociedade de canto ou de água, quando alguém discorda de nossas idéias? Nós excluímos, nós riscamos esta pessoa ou agimos com violência para com o diferente.
Hoje vou usar o exemplo da mola para que vocês entendam melhor o texto. Todos conhecem uma mola? A mola é a força inicial que nos impulsiona para frente. Se a mola tiver apoio firme e seguro ela nos empurra exatamente na direção que nós queremos. Caso não esteja bem apoiada ela nos joga para qualquer direção, menos para a que nós queremos.
Com a vida da pessoa cristã acontece algo parecido. Se construirmos nossa vida baseada na exclusão dos fracos, na eliminação da pessoa com problemas, na indiferença para com os que são diferentes, no riscar os não contribuintes sem fazer nenhuma visita para conhecer a situação da família; se assim vivermos como comunidade cristã não somos sal nem luz para o mundo.
A mola que impulsiona a comunidade cristã deve ser a opção pelos mais fracos física, social e espiritualmente. A opção que a igreja faz deve ser pelos pecadores. Pecadoras são as pessoas que estão se distanciando da comunidade e de Deus. Tarefa da comunidade é cuidar das ovelhas do rebanho de Deus. Somos enviados para encontrar as ovelhas perdidas e os filhos pródigos.
A comunidade que quer permanecer fiel a Deus precisa estar disposta a investir tempo e esforços para com aquelas pessoas que erram e pecam em relação a mim/nós e em relação a Deus.
O fundamento do qual parte todo o nosso agir, a mola, é o ensino e a vida de Jesus Cristo. A atitude de pessoas cristãs dentro de uma comunidade é sempre a inclusão, a recuperação, a correção e a harmonia entre os irmãos e as irmãs.
Jesus até ensina alguns passos para corrigir os faltosos: a) conversa direta e pessoal; b) levar duas ou três testemunhas; c) falar na igreja; d) deixar que trilhem o seu próprio caminho. A tarefa e atitude de uma comunidade é sempre a inclusão, assim como é a atitude do pai da parábola do Filho Pródigo.
A partir de Jesus a comunidade existe onde duas ou três pessoasestivereme reuidas. Jesus valoriza a qualidade mais do que a quantidade. A firme convicção de duas ou três pessoas para a reconciliação dará testemunho da ação de Deus naquela comunidade por meio das pessoas que procuram o caminho do perdão.
O versículo 20 é muito conhecido pela comunidade. Muitas vezes o usamos para justificar que quando poucas pessoas estão reunidas o culto é igualmente importante e Deus está aí. A presença de Deus não está restrita às pessoas reunidas dominicalmente. Ele age além delas e por meio delas. Este texto também não quer justificar o pequeno número de pessoas no culto. Mas quer mostrar o nosso jeito de viver comunidade: resolvendo conflitos do dia a dia motivados por atitudes de diálogo pessoal e comunitário com o objetivo de perdoar e incluir.
Assim como Deus, também nós devemos nos alegrar somente com o “ganhar e encontrar quem está perdido” e não com a sua condenação e exclusão. A nossa ação partindo deste impulso de inclusão na comunidade será o hospital de pecadores que recupera efetivamente pessoas tornando-as irmãs umas das outras. Deus se alegrará sobremodo com a sua comunidade aqui em .......... Amém.