Alguns anos atrás um jornal de negócios dos EUA publicou um artigo intitulado: Como é um homem de sucesso? O artigo declarava que uma pesquisa bastante extensa tinha sido feita no último século para medir uma pessoa de sucesso. Os critérios eram bastante interessantes e aqui estão os resultados de como o mundo pensa que é um homem de sucesso:
1. a habilidade dele para conseguir e economizar dinheiro.
2. o valor, estilo e ano de fabricação do carro dele.
3. Quanto cabelo ele ainda tem.
4. a força e o tamanho dele.
5. o emprego que ele tem e o quanto ele tem sucesso nele.
6. Quais os esportes que ele gosta
7. Em quantos clubes ele é sócio.
8. a agressividade e a confiança dele.
Certa vez Jesus Cristo também citou oito princípios para a medida de uma pessoa.
Contudo, os critérios de Jesus são completamente diferentes daqueles que o mundo coloca.
Há um imenso abismo entre a imagem popular de uma pessoa próspera e como Deus vê uma pessoa próspera, feliz, bem-aventurada.
O ministério público de Jesus estava iniciando Ele estava começando a ganhar popularidade. Multidões estavam se juntando ao redor dele. Ele tinha escolhido os discípulos dele. E no silencio das colinas do norte de Israel, perto do Mar de Galiléia, agora há um mar de cabeças e rostos diferentes diante de Jesus. Pessoas com as mais diferentes personalidades, expectativas, pensamentos, preocupações e necessidades.
Havia ricos e pobres, jovens e velhos, homens e mulheres, crianças. Várias raças estavam ali representadas.
Havia os que se consideravam espertinhos nos negócios e aqueles que eram de fato um fracasso nas questões econômicas. Era como se fosse um “mundo em miniatura”
Para estas pessoas Jesus começa a falar sobre as coisas de Deus. Sobre os valores de Deus e do Seu Reino. Foi um grande sermão. Ficou conhecido por nós como “O Sermão do Monte”.
E, ainda que fossem tão diferentes entre si, Jesus compreendeu que todos estavam atrás da mesma coisa, da mesma indagação, da mesma necessidade. Todos buscavam felicidade.
Mas, afinal de contas, passou-se tanto tempo e a humanidade ainda busca por este mesmo sentimento. Queremos para nós mesmos. Desejamos para nossos filhos, para nossos pais, para nosso próximo. Contudo ainda não conseguimos encontrar. Por isso todos nós desejamos a felicidade:
- feliz ano novo
- feliz natal
- feliz aniversário
- feliz páscoa
Onde estará este tesouro que tantos desconhecem, mas que todos buscam?
O problema é que nós realmente não entendemos a verdadeira natureza de felicidade, e por causa disso parece tão freqüentemente nos iludir. Nós pensamos que felicidade está em alguns acontecimentos e circunstancias exteriores. Nós pensamos que o homem verdadeiramente feliz é aquele que alcançou sucesso, que tem muitas posses, que tem carro do ano, que está cercado de todo o conforto e comodidade. Contudo, o que por fora é uma coisa, por dentro nem sempre é a mesma coisa.
Aquilo que se ve do lado de fora nem sempre reflete o que está do lado de dentro.
Qual a sua opinião? O que voce pensa que o mundo diria: feliz é o homem que...
1. feliz é o homem que tem uma fortuna.
2. feliz é o homem que tem um palácio na cidade e uma casa de veraneio na praia.
3. feliz é aquele que é aplaudido pelos outros.
5. feliz é aquele que é considerado uma pessoa importante na sociedade.
Alguém, certa vez compartilhou:
Duas semanas atrás, pela primeira vez em minha vida eu fui a um funeral de um homem que tinha a minha própria idade. Eu não o conheci bem, mas nós trabalhávamos juntos. Falávamos de vez em quando um com o outro. Nossas crianças tinham a mesma idade. Ele morreu de repente durante o fim de semana. Um grupo de colegas do escritório foi para o funeral. Na volta, cada um tinha o mesmo pensamento: Podia ter sido eu. Podia ter sido comigo.
Isso aconteceu duas semanas atrás. Eles já o substituíram no escritório. Ouvi dizer que a esposa dele está se mudando de estado para viver com os pais dela. Duas semanas atrás ele estava trabalhando a menos de 5 metros de mim. E agora é como se ele nunca tivesse existido.
É como uma pedra jogada no açude. Durante alguns segundos, faz ondulações na água, e depois de um tempo, a água está calma como antes. E nem se sabe que alí há bem pouco tempo atrás foi jogada uma pedra...
Eu quase não consigo dormir depois do falecimento do meu colega de escritório. Eu não consigo deixar de pensar que isso poderia ter acontecido comigo. E quando acontecer comigo, eu simplesmente também serei esquecido e substituído, como se eu nunca tivesse vivido. A vida de uma pessoa não deveria ser mais que isto? .
O que este homem experimentou foi um aviso, um chacoalhão. Para todos nós, há momentos em que ficamos perturbados pelo que acontece conosco mesmo ou com alguém próximo de nós. Temos pensamentos estranhos e questões perturbadoras como esta: a vida de uma pessoa não deveria ser mais do que apenas isso?
Eu penso que nós adquirimos este tipo de sentimento quando nós contrastarmos a realidade de nossas vidas contra o caráter retratado nas Bem Aventuranças.
A questão é tão radicalmente diferente que não nos damos conta da profundidade deste sermão. O Reino de Deus aqui retratado é tão radicalmente contrário ao que o mundo oferece, que acabamos por desistir de ler, entender e muito menos praticar.
Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
Como assim... Nós sempre aprendemos que felicidade está intimamente relacionada com riquezas e posses!
Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará.
Também está errado. A felicidade não está relacionada com lágrimas.
Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido.
Aprendemos que felicidade está relacionada com espírito competitivo, agressividade.
Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
Aprendemos que misericórdia e clemência são sinais de fraqueza.
Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus.
Não é assim que funciona no mundo. Os espertinhos, os adeptos do jeitinho, os corruptos é que se dão bem, e, portanto, são felizes.
Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas.
Ser perseguido e sofrer definitivamente não faz parte de uma vida feliz. Os que fazem a vontade de Deus, geralmente são taxados e definidos como fanáticos, ou até mesmo bobos.
Olhe novamente para a lista das bem-aventuranças e perceba o contraste entre a vontade de Deus e o que o mundo oferece.
Nós achamos estas coisas, e conceitos todos errados, equivocados, mas, se existe alguém errado nesta história toda, eu tenho certeza de que não é Deus.
Perceba que as bem aventuranças estão divididas em duas partes. Há uma ação e uma consequente reação.
As ações são todas de responsabilidade humana. Somos nós que choramos, sofremos, praticamos a justiça, somos perseguidos, agimos com misericórdia e proclamamos a paz.
Agora existe duas possibilidades de reação à estas práticas. Uma é a reação do mundo, das pessoas que estão afastadas de Deus e da Igreja. Destas pessoas não é possível esperar qualquer tipo de aplauso ou de elogio a estas práticas. Pelo contrário. Haverá contrariedade, rejeição, afastamento.
Contudo, a reação de Deus é completamente diferente. Ele nos enxuga dos olhos a lágrima (Ap 21.4)
É Ele quem nos oferece o Reino dos Céus.
É ele quem nos consola.
É Ele quem torna a nossa alma satisfeita (Sl 23)
É Ele quem nos inunda com sua misericórdia e nos trata como seus filhos.
É Ele quem está ao nosso lado, mesmo quando somos perseguidos por simplesmente querermos fazer a sua vontade.
Vejamos outro aspecto importante.
Mateus 5 – 7 na verdade contém o segundo sermão de Jesus.
Ao olharmos mais atentamente para Mateus 4.17, veremos que Jesus começou seu ministério público pregando a vinda do Reino de Deus e a necessidade de arrependimento:
Daí em diante Jesus começou a anunciar a sua mensagem. Ele dizia: —Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!
Tudo começou com o convite para o arrependimento.
Depois Jesus chama estes de bem-aventurados – felizes.
Felizes são estes que se arrependeram. Que se converteram. Que declararam sua total falência e dependência de Deus. Que querem em tudo fazer a vontade de Deus (veja o Pai Nosso).
Então estas pessoas que se arrependeram e que se tornaram discípulos de Jesus, podem ser chamadas de bem-aventurados, felizes.
Alguns anos atrás um grupo de médicos foi designado pelo governo Federal para se encontrar e preparar oito leis ou recomendações para a saúde pública, o qual pudesse ser impresso em forma de folheto e ser distribuída ao público. Depois de quase dois meses de exaustivas reuniões, seminários, discussões, atas, projetos e mais propostas, todos perceberam que não conseguiriam chegar a um consenso.
Cada um dos médicos estava mais preocupado com sua própria área de especialização.
Um era oncologista, um era psiquiatra, um era cardiologista, um era pneumatologista, um era especialista em ossos, outro era otorrino, e assim por diante. Cada um deles via o problema da saúde pública apenas na sua própria área.
O cardiologista se preocupava com os níveis de teor de gordura dos alimentos e que prejudicavam o coração. O psiquiatra se preocupava com os efeitos da tensão, stress e correria do mundo moderno sobre as pessoas. O pneumatologista se preocupava com a qualidade do ar que as pessoas estavam respirando e suas consequencias para os pulmões.
Finalmente, o médico que tinha mais idade entre o grupo se levantou e fez uma proposta:
Ele disse: O que nós temos de fazer é apenas republicar as oito Bem Aventuranças de Jesus e simplesmente substituir a palavra Bem aventurados pela palavra saudável.
pastor.ristow@gmail.com