Há poucos dias atrás li uma frase bem interessante que dizia assim: “Guardar rancor enfraquece, perdoar fortalece!”(Gotas de Orvalho,2012,p.13).
Fiquei pensando nesta palavra. De fato, o rancor, a mágoa, o ressentimento nos debilita. Isto porque este sentimento coroe o coração. Este fardo tira de nós a tranqüilidade, o descanso, o bem estar. Há mágoas que são difíceis de assimilar e esquecer. Nesta situação, muitas vezes, demoramos a conciliar o sono e, ao acordar, o assunto volta a nossa memória. Passamos o dia todo carregando este sentimento. É como um fogo que consome. O rancor pode originar doenças da mente e do corpo. Conheço pessoas que carregam ressentimentos durante muitos anos. A vida para elas é muito pesada.
Mas existe uma saída! Podemos nos aliviar desse peso. Existe uma prática cristã chamada perdão. O perdão consegue apagar a mágoa e o ressentimento. Perdoar requer disposição para renunciar ao orgulho. É preciso dar um passo atrás. É preciso ir ao encontro do outro que nos feriu e dar uma nova chance. Um bom diálogo pode ajudar muito. É preciso ter coragem para dar o primeiro passo.
Precisamos pedir forças a Deus para conseguir perdoar. Podemos olhar para o exemplo de Jesus na cruz. Na hora da morte, sendo maltratado e desprezado, Ele ainda conseguiu perdoar ao pronunciar: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!” (Lucas 23.24)
Ele não apenas falou, mas praticou o perdão. A partir desse gesto grandioso, somos motivados a perdoar a quem nos machucou. O perdão fortalece. Ele traz a paz, o bem estar, a alegria e a nova vida. Onde acontece o perdão, o convívio entre as pessoas se torna agradável e harmonioso.
Vamos abrir o nosso coração diante de Deus e pedir perdão porque somos fracos e, seguidamente, guardamos rancor e pensamentos ruins em nossa mente. Que Ele nos dê um coração grande para perdoar e amar! Que possamos nos libertar dos ressentimentos que tanto prejudicam a nossa vida e o convívio com o próximo. Assim também nos diz o apóstolo Paulo em Filipenses 4.8:
“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há, e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.