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ID: 20

Feliz Renascimento!

12/12/2008

O que faz acontecer Natal? Como celebramos Natal verdadeiramente? Será que os enfeites, as lojas abertas até tarde da noite, os presentes já garantem que é Natal? Será que a cidade enfeitada, a casa enfeitada, o pinheirinho já fazem acontecer Natal em nossas vidas? Será que a roupa nova, o sapato novo, a jóia, o relógio, o enfeite no corpo já são comprovações da nova vida que nasceu?

De que adianta enfeitar o exterior se no interior as coisas continuam feias, mal-tratadas? Seria algo assim como colocar uma linda toalha, toda enfeitada talvez até com detalhes de ouro e prata, em cima de uma mesa suja... Por um tempo talvez até se possa disfarçar a sujeira, mas não para sempre: com o tempo a sujeira vai passando para a toalha, vai corroendo o exterior e aparecendo. Assim também é com o nosso corpo, com a nossa vida: de que adianta disfarçar a realidade? Ao invés de viver em função do aspecto externo, gastando todos os ganhos e forças em disfarces exteriores, chegando ao ponto de se tornar escravo da aparência, não seria melhor apostar no interior, ou seja, em buscar soluções, saídas para os problemas: as dificuldades que enfrentamos, nossa falta de humildade, nossa dificuldade em reconhecer nossas falhas, nosso medo de pedir perdão, a dureza de nosso coração que não nos permite perdoar e se reconciliar?

Sobre a escravidão às aparências Jesus disse: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de ganância e cobiça! Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de maldade. (Mt 23.25-28). Enfeitamos a morte; a morte que está na cidade, as injustiças, a falta de igualdade de oportunidades para todos; enfeitamos a morte que está dentro de nossa casa: a falta de amor, de compreensão, de perdão; enfeitamos a morte que está dentro de nós: nossa falta de fé, nossa falta de esperança, nossa desistência em amar ao semelhante independente de ele merecer ou não o nosso amor...

Paulo diz que aquilo que para o Mundo é sábio e forte, para Deus é louco e fraco; e aquilo que para Deus é sábio e forte, para o Mundo é louco e fraco (1 Co 1.17-31). Aquilo que é valorizado por este mundo, é desvalorizado por Deus. Aquilo que é valorizado por Deus é desvalorizado por este mundo. Jesus disse: Vocês, gostam de parecer justos diante das pessoas, mas Deus conhece os seus corações. Em verdade eu digo a vocês: o que é importante para os seres humanos é detestável para Deus (Lc 16.15). Assim foi e continua ainda hoje.

Jesus viveu uma vida toda de rejeição. Não só quando nasceu, não tendo ninguém que acolhesse em sua casa aquela jovem prestes a dar à luz, mas certamente foi um jovem diferente e depois um homem maduro totalmente diferente e por isso foi rejeitado. O que ele mostrou ser importante, os grandes da época rejeitaram e o que os grandes da sua época valorizaram, foi rejeitado por Jesus.

Jesus foi rejeitado deste o seu nascimento e continua sendo rejeitado até hoje. Damos mais valor para as luzes, os enfeites, as lojas abertas até mais tarde, os presentes, as festas. Mas esses são brilhos artificiais, ilusão, na verdade: escuridão. São passageiros, rotineiros: afinal como isso pode melhorar nossas vidas?

Vamos começar vida nova neste Natal.
Vamos mudar nossas vidas:
vamos chegar em casa e abraçar nossos filhos e filhas, a esposa, o esposo,
vamos beijar nossos familiares, acariciá-los,
mas de um jeito novo,
não apenas mecanicamente, como que cumprindo uma obrigação,
ou como algo corriqueiro, apressado,
e sim, com amor, com todo o tempo do mundo,
esquecendo tudo o mais,
vivendo aquele momento como se fosse o último momento de nossa vida,
mas sobretudo, vamos ouvi-los,
ouvi-los com novos ouvidos,
não mais com aqueles ouvidos viciados
que ao escutarem as primeiras palavras já concluem de antemão:
ah, lá vem ele/a com essa conversa de novo....
Vamos ouvi-los com amor, com carinho, com atenção.
Vamos olhar para nossos familiares,
para nossos amigos e também para os desconhecidos,
vamos olhar para eles com novos olhos,
não mais com aqueles olhos viciados que acham que já viram tudo,
mas com olhos cheios de amor,
de valorização, de abertura que acolhem o outro.
E vamos também falar,
mas falar palavras novas, palavras já há muito tempo não ditas,
palavras que há muito tempo gostaríamos de dizer
mas não dizemos por estar faltando a coragem, a força,
ou talvez a oportunidade:
palavras de amor, de arrependimento, de perdão
– e não existem palavras mais bonitas, palavras mais amorosas
do que as palavras que pedem e que concedem perdão.
Natal é uma oportunidade,
oportunidade de reconciliação,
de perdão, de amor maior.
Assim Natal é vida nova que nasce, renascimento
nasce um novo começo, uma nova chance,
um novo jeito, um novo coração...
assim, NASCE JESUS!
Ele é exatamente tudo isso:
novo começo,
nova chance,
novo jeito,
novo coração,
nova vida.
Ele quer fazer RENASCER tudo isso em tua vida
Coisas que, talvez, já estavam mortas...

FELIZ RENASCIMENTO!

P. Mauri T. Perkowski


Autor(a): Mauri T. Perkowski
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8588

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