Estamos vivendo dias de muito medo e ansiedade por causa da Pandemia da Gripe A. Muitos municípios estão entrando em situação de emergência, cancelando aulas nas escolas e eventos que reúnem pessoas. O próprio convívio está se tornando restrito. Pessoas não podem mais se reunir, se encontrar, se abraçar! Até na Igreja, nas comunidades, cultos e encontros estão sendo adiados. Tudo isto mexe conosco, com nossos sentimentos, pois é justamente o convívio, a comunhão, o aperto de mão e o abraço que nos identificam como comunidade cristã. O medo, a ansiedade está tomando conta de muitas pessoas. Filhos se preocupam e tem medo de perder seus pais! Pais temem pela saúde de seus filhos! Surgem perguntas nunca antes imaginadas. Será que vamos sobreviver? Até quando irá durar esta situação?
Num mundo onde se busca segurança, dinheiro, bens materiais, poder, status, a pandemia da Gripe A, de repente, nos faz mudar a direção do pensamento. Agora, o que mais nos preocupa é se vamos permanecer vivos! Se a nossa família, parentes, amigos vão ficar bem! Este é o momento de parada, de reflexão, de avaliação da própria vida como um todo. Em meio à crise, ao sofrimento, diante da situação de perda, é que passamos a valorizar mais o convívio e os relacionamentos. Estes podem até se tornar mais intensos e significativos. É hora de rever atitudes e avaliar como tem sido a nossa caminhada até aqui.
Mas, também é importante cuidar para que toda esta situação não nos leve ao desespero. Como cristãos somos motivados a crer e confiar em Deus. Ele é o Senhor sobre a história, sobre a vida e morte.
Olhando para a Bíblia, podemos buscar forças na Palavra de Deus. Lembramos do Povo de Israel, quando saiu do Egito rumo à terra prometida. Foi uma caminhada cheia de riscos, de desafios em meios ao deserto árido e seco. As pessoas temiam pela sua sobrevivência. Deus se manifestou, alimentando o povo com manã, e fazendo jorrar água em meio ao deserto. (Êxodo 16.11-15;17.1-6) Deus marcou sua presença conduzindo o povo, conforme Êxodo 13.21-22 onde lemos:
“O Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite.”
Como podemos ver Deus não abandonou o seu povo. Ainda hoje, Ele é um Deus que caminha conosco em meio aos desertos de nossa vida. O fogo do Espírito Santo pode hoje nos fortalecer e animar! O Espírito pode nos orientar em meio a todas as dúvidas e incertezas. Somos convidados a crer e confiar! E ao mesmo tempo, dar forças para quem precisa. Não deixemos de incluir toda esta realidade de medo e doença em nossas orações! Pois Jesus Diz:
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-vos-á.” (Mateus 7.7,8)
Pa. Neiva Maria Barg
Coord. Formação do Sínodo Uruguai
