Quinta parte (Comunicamos que a cada terça-feira postaremos uma nova parte sobre este estudo da viagem de Esdras até Jerusalém. São um total de 7 partes escritas pelo P. Gilberto Weber de Luzerna/SC)
Decepcionado com o lugar...
“Meu Deus, estou por demais envergonhado e humilhado para levantar o rosto diante de ti, meu Deus, porque os nossos pecados cobrem a nossa cabeça e a nossa culpa até os céus”. Esdras 9.6.
A chegada em Jerusalém é festiva. Todos estão empolgados em ajudar na reconstrução da cidade e da Casa de Deus. Mas algo está errado. Os judeus da primeira leva de imigrantes que já moram em Jerusalém, não manifestam nenhum entusiasmo como a do povo que está chegando.
Até que Esdras fica sabendo o que está por trás desta desmotivação.
A geração anterior ficou mais preocupada em construir suas vidas particulares do que obedecer as leis de Deus. Acabaram se misturando com os povos cananeus e introduzindo o sincretismo religioso no seio de Israel. Estavam cometendo os mesmos erros que haviam causado a destruição de Jerusalém (2 Crônicas 36.14-16). Contaminaram a Casa do Senhor. Toda alegria de Esdras se transforma em tristeza e decepção.
Este mesmo sentimento marcou a vida do jovem padre Martim Lutero no ano de 1510, quando visitou Roma o centro da fé cristã. Encontrou uma igreja mais preocupada com a arrecadação financeira do que com a propagação do evangelho. Mais disputas de poder do que serviço aos pobres. Pecados de papas e padres são encobertos e mentiras são ditas em nome de Deus. Que vergonha!
O que fazer quando se perde o encanto pelo povo de Deus? Pela comunidade? Pela família? A primeira atitude de Esdras foi a de colocar-se de joelhos e humildemente clamar pela misericórdia de Deus.
Eis o primeiro passo.
Senhor, cada dia nos decepcionamos com aqueles que nos rodeiam. Sei também que eu decepciono outras pessoas. Nosso orgulho e interesses egoístas nos afastam da Tua vontade, bem como das pessoas que mais amamos. A começar em mim, restaura o Teu povo.