“Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (João 14.27) .
Estamos acostumados a pensar em paz pelo seu oposto: a guerra. Negativamente, então, paz é ausência de guerra, ausência presente porque convivemos com muitos conflitos armados no mundo.
Não há uma geração que não tenha conhecido a guerra. Com a geração de Jesus Cristo não foi diferente. O Império Romano foi feito com guerras e se fazia com guerras. Na Palestina mesmo havia sérios conflitos por questões ideológicas. Jesus sabia o que estava dizendo quando, pouco antes de partir, prometeu: Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo (João 14.27)
Quando Jesus fez esta promessa, Ele estava sofrendo. Ao seu redor, os conflitos se instalavam. No seu coração, havia paz. É por isto que diz “minha paz”. É como se dissesse: “ofereço-lhes a paz que estou sentindo apesar da aflição, porque o Espírito Santo me diz que sou amado pelo meu Pai e meu Pai estará comigo em todos os momentos”.
Jesus ofereceu paz aos seus discípulos. Estamos, pois, diante de um oferecimento de Jesus. Outros mestres religiosos e líderes políticos também prometem a paz. Em que se distingue o oferecimento feito por Jesus de outros oferecimentos?
Gosto de imaginar a paz de Jesus como uma ponte, pela qual o homem chega a Deus. Sem ponte, é preciso dar muitas voltas para se chegar aonde se quer, quando isto é possível.
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus (Romanos 5.1-2).
Paz, portanto, é paz com Deus.
Gosto de imaginar a paz de Jesus como o processo de comunicação humana. O ruído é o pecado que dificulta o entendimento entre o emissor e o receptor. Jesus arruinou o ruído. Sua paz é ausência de ruído. Jesus é a própria paz. Por isto, disse: Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo (João 14.27)
A paz de Jesus cria condições para a serenidade diante dos conflitos (confiança, esperança, sabedoria, equilíbrio).
Um cristão é sereno. Diante dos conflitos, tem a oportunidade de desenvolver a sua confiança. Diante dos problemas, alimenta-se de esperança.
O cristão sabe que o socorro sempre virá. O nosso socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. O cristão sabe que tem na Palavra de Deus um tesouro de sabedoria que pode consultar para tomar suas decisões.
A paz de Jesus deve ser vista como um desafio, contra a cultura da violência. Quem tem a paz que Jesus Cristo dá por meio do seu Espírito Santo prefere viver como semeadores da paz, mesmo que a terra seja seca e esteja cheia de pedras e espinhos.