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31 DE OUTUBRO DE 2013

29/10/2013

Reforma 2013
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Reforma 2013
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Saúdo nesta ocasião festiva a cada um/a de vocês com o lema bíblico de 2ª Coríntios 12,9: “O Senhor disse a Paulo: a minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.”

Ninguém mais do que Lutero e os pais da Reforma souberam o significado de cada uma das palavras bíblicas acima para o reenquadramento da Idade Moderna. Graça, poder e fraqueza. Dimensões da fé alicerçada na confessionalidade luterana. Quase 5 séculos se passaram e também a Modernidade passou. Passou a mesma e chegou o pós-Moderno. E como hoje viver e explicar a fé nesta mesma dimensão?

Graça que basta. Na sede da abastança do ter do atual consumismo. Crianças precisam desde pequenas um quarto, uma casa, um depósito só para seus pertences. Quando se viaja com elas vai uma mudança de brinquedos e quinquilharias que só pertencem à Mariazinha ou ao Joãozinho. A pós-modernidade exagera no individualismo e não educa para a comunhão e partilha da graça que te basta... Dos brinquedos simples e criativos partiu-se para a sofisticação e para endeusamento do pequeno herói do mundo.

Poder. Não é o poder que corrompe e que privilegia alguns. Mas o poder que se aperfeiçoa no exercício da cidadania... na oferta digna de serviços aos outros/outras... No exercício deste poder não se consolidam heróis, mas servidores/as junto aos sofridos/as que esta sociedade continua a produzir e que pode ser transformada nas lutas dos/as pequenas/os.
Fraqueza. Nesta dimensão que brota o novo e passa a ser o espaço criativo para os sinais do Reino de Deus e a justiça advinda desta proposta sensacional da possibilidade do advento deste Reino diferente e diferenciado. O poder que se aperfeiçoa na fraqueza é o poder dos fracos que se tornam fortes a partir da dimensão de sua fé: vivência transformadora e capacitadora de transformações.
E o monge Martin Luther?
Nossa fé de confissão luterana tem a ver com as redescobertas do monge agostiniano e doutor em Teologia: Dr. Martin Luther (10.11.1483 – 18.02.1546).

Nossos reformadores, seus seguidores e pais da Reforma Protestante souberam muito bem o sentido e o significado de cada uma das palavras citadas nesta saudação. Experimentaram, em seus contextos, a contextualização de cada uma das rochas preciosas de como enfrentar os dragões que queriam sempre obscurecer com facilidade a comunhão, e tolhiam a liberdade fazendo com que o poder fosse exercido para a opressão e contrários, portanto, para que o reino de Deus viesse e acontecesse.

Lutero não é herói, mas sim o redescobridor da verdade alicerçado na palavra de Deus. Colocou a Bíblia no centro da Igreja e a devolveu para as mãos do Povo de Deus, para a sua Comunidade de fé de onde nunca deveria de ter saído.

Lembrar de Lutero e ser luterano/a hoje é perguntar pelo local da Palavra de Deus para a sociedade de hoje. Onde está a Bíblia hoje? Apenas objeto de decoração nas salas e locais de visitação? Ou a Bíblia se localiza nas mãos do povo sofrido e que caminha rumo ao Pai?
Bíblia na mão do povo: instrumento de libertação – força na caminhada!

Quinhentos anos após as redescobertas de Lutero seus seguidores/as não o esquecem e nem o esqueceram. Hoje precisam ser fortalecidos/lembrados e novamente reabastecidos/os em seus princípios.

Isso começa com nossa auto-estima: precisamos ser novamente motivados a sermos de confissão luterana nesta droga de mundo pós-moderno. Chega de mesmices e chega de propaganda enganosa. Nossa fé e nosso jeito de vivê-la tem uma marca. Somos assim. Vivemos assim nossa fé.
A Bíblia é nosso livro de cabeceira. É por ele que nos guiamos e aprendemos quotidianamente os jeitos de nos deixar animar. Muita pesquisa. Muito estudo. Muitos retiros e descobertas que podemos fazer em mutirão. Costurar e construir muitas colchas de retalhos. Muitas cores. Muitas contribuições.

Nossos líderes são guias. Podem errar e temos obrigação de corrigi-los com base nas lutas e propostas do Reino. Aperfeiçoam-se no serviço de Guias do Povo. A Igreja é instrumento e serviço a este mundo que não pode se conformar com as seguranças aparentes do Pós-Moderno e se aperfeiçoa neste serviço. Precisa se tornar, sempre de novo, instrumento de libertação – auxílio ao povo, dando-lhe força na caminhada em busca da libertação também frente aos poderes opressores da pós-modernidade. Aprender a contextualizar nossa fé. Re-contextualizar é nosso desafio rumo às celebrações dos 500 anos da Reforma Protestante/Luterana.

Palmitos/SC


Autor(a): Cat. Ms. Nilo Bidone Kolling
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 25484

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