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ID: 13

Quem sou eu? Quem é Deus?

Meditação

01/08/2003

A experiência que nasce a partir da reflexão teológica relacionada à conceituação humana sobre Deus sempre haverá de levar em conta a experiência que as pessoas humanas possuem no contexto da sua própria vida e história. Por isso, o questionamento sobre: Quem sou eu e quem é Deus? acontece simultaneamente e anda de mãos dadas.

A história humana considerando as suas características e realidades tão diferentes oferece, sem sombra de dúvida, uma enorme riqueza quando humanos tentam desenvolver modelos que indicam à identidade e à forma de ser e de agir de Deus no mundo. Desde os primórdios da história, pessoas humanas teceram os seus conceitos teológicos. A literatura mitológica, desde os tempos mais remotos e também recentes, é muito rica em colocar a descoberto uma infinidade de modelos sobre imagens das suas divindades que serviam para orientar, socorrer ou condenar pessoas humanas.

A fé cristã desenvolveu a partir dos seus fundamentos, valores específicos sobre experiências que pessoas e povos fizeram sobre o relacionamento com Deus. O Antigo Testamento, o ninho que acolheria mais tarde aquele que revelou Deus no seu jeito humano de ser, traz muitos conceitos teológicos. O Novo Testamento, testemunho da vida e obra de Jesus Cristo, soma uma porção de figuras e de modelos que apontam para o Deus da família cristã tornando-o mais transparente, mais atual e próximo da realidade humana.

Aos olhos das pessoas cristãs, as Escrituras Sagradas revelam, por excelência, os conceitos de Deus que são considerados fundamentais ao reconhecimento pleno da verdade. Porque Deus deseja que todos os seres humanos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade, assim em 1º Timóteo 2.4. Dentre a infinidade de conceitos, de imagens, figuras e descrições que ajudam a identificar o Deus da família cristã, não dá para esquecer a humanidade de Jesus Cristo. Esse Deus que une e reúne cristãos e cristãs na igreja católica romana, na igreja luterana e nas demais igrejas cristãs assumiu a postura humana. Jesus Cristo é este sinal mais claro da humanidade de Deus. Usando uma expressão do reformador Martim Lutero, no século 16, Jesus Cristo é a revelação do forno do amor que Deus mesmo construiu neste mundo.

Por causa do Evangelho e da fidelidade de Deus, participamos da grande família ecumênica. É família rica em esperança, porque o propósito de Deus é salvar este mundo, e a missão que desempenhamos juntos é sermos instrumentos da paz, conforme a prece franciscana.

A humanidade de Jesus Cristo e a grandeza da bondade graciosa de Deus ampliarão os nossos horizontes em busca do convívio, que aposta na reconciliação das pessoas diferentes. Estas qualidades de Deus aprofundam a reflexão teórica e conduzem à prática cotidiana da fé. Seguindo o exemplo do ex-cego Bartimeu, assim Marcos 10.52, queremos ser juntos/as discípulos/as de Jesus somente e seguir a Jesus estrada fora.

Manfredo Siegle
pastor sinodal do Sínodo Norte-catarinense
da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)
em Joinville - SC
Diocese Informa - 08/2003
 


Autor(a): Manfredo Siegle
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8686

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