Qual é o truque? A criança foi batizada em nome do Deus Pai, Filho e Espírito Santo, dentro da tradição luterana. Bem envolvidos na vida comunitária, os pais conduziram-na ao Culto Infantil e à Escola Bíblica de Férias... Na adolescência, ela aprendeu o jeito da sua igreja e o fundamento no Evangelho. De livre vontade, no Culto de Confirmação, ela professou publicamente sua fé. Lá pelas tantas, numa noite qualquer, é levada para conhecer outra igreja que apareceu do nada na cidade. Tal igreja é fruto de divisão, que vem de outra intriga ainda mais antiga. Os pregadores não têm formação teológica, mas boa lábia... O jovem “se converte”. Eureca! Descobriu a fé? Num instante, todo o passado se torna inválido. Toda a dedicação dos pais, dos padrinhos, de uma série de pessoas ligadas a diferentes ministérios se torna obsoleta. Agora, sim, dedica-se de corpo e alma à nova fé. Faz questão, inclusive, de “desviar” as pessoas de sua antiga comunidade à nova. Como sabe das “picuinhas” da antiga, usa tais provocações com argumento. São sutilezas que estão longe, muito longe do bom testemunho de Jesus Cristo. O “maduro” Paulo alerta o “jovem” Timóteo: Chegará o dia em que falsos mestres falarão aquilo que o povo deseja ouvir, desviando-os da verdade (2 Timóteo 4.1-4).