Quem desconhece a realidade da quebra de diálogo?
- Crianças da mesma rua deixam de brincar juntas. Jovens da mesma idade não mais se encontram, não convivem para o esporte e deixam de freqüentar a roda de conversa, não mais se respeitam. Por quê? Houve quebra de diálogo.
- Casais se dispersaram, acabou o relacionamento e o amor mútuo desmoronou. Por quê? Aconteceu a quebra de diálogo.
- O mundo religioso criou barreiras doutrinárias. Conceitos e pré-conceitos dificultam o diálogo transparente e construtivo. O empecilho maior é a quebra do diálogo.
- Lideranças públicas se ameaçam, partem para a agressão, em palavras e ações, e inexiste a paz. Há falta de e indisposição ao diálogo respeitoso.
Deus criou homem e mulher, deu-lhes a co-responsabilidade de zelar pelo bom convívio e de cuidar de tudo que foi criado no Universo. Então Deus descansou da sua obra e viu que tudo era muito bom. O ser humano, porém, quis ser mais do que lhe era devido. Criou o seu próprio projeto de vida, priorizou a autonomia e longe do Criador tornou-se pessoa egoísta. A barreira do pecado fez com que a vontade do Criador deixasse de prevalecer. O humano quis ser igual a Deus. Deus pra lá e eu pra cá!
Chegado o tempo, Deus derrubou a parede do poder do pecado. Colocou-se ao nosso lado. Isto é motivo de alegria. Foi bom que Deus tenha derrubado os tijolos dessa parede sobre as nossas cabeças?
Natal é festa séria e exige resposta. Faz muito bem que Deus se aproximou tanto dos seus filhos e das suas filhas. O salmista (Salmo. 73. 28) confessa assim: Quanto a mim, bom é estar junto a Deus. No Senhor Deus deposito minha confiança, para proclamar todos os seus feitos.
Por esta razão, desejo um feliz tempo de Advento e um abençoado e alegre Natal!
Pastor Sinodal Manfredo Siegle
