Mensagem da 21ª. Assembleia
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta;
e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.” (Joao 15.1-2)
Estamos em Videira, que nos acolheu com suas belezas, seu calor humano e com a mesa farta. Nosso sínodo também faz parte de uma videira, que é o Cristo e seu corpo. Uma videira tem ramos diversos, com jeitos próprios, caraterísticas próprias, anseios diversos. Jeitos diferentes de lugares diferentes.
As condições externas ameaçam o desenvolvimento da videira. As diferenças dos ramos fazem sentir e lidar com o ambiente de maneiras diversas. A situação turbulenta que vivemos, que trouxe o medo da falta de combustível, o medo de não chegar, ou, de não poder voltar, trouxe ansiedades para todos. O encontro, o convívio e a partilha trouxeram alegria e conforto. A comunhão traz aconchego, aquece os espíritos e renova os ânimos.
Mesmo com todo o cuidado do agricultor, ainda temos dificuldades entre os ramos que ameaçam o desenvolvimento e a produção de frutos de toda a videira. Nossas finanças no sínodo apresentam dificuldades, nossas finanças nas comunidades têm dificuldade de partilha e de compromisso com o todo da videira. Nossas divergências teológicas, na maioria das vezes implícitas e subliminares, trazem dificuldades no compromisso com o conjunto. Estas divergências vêm à tona nas votações e em debates acalorados e sem cuidado com o próximo. O reconhecimento do erro e a retratação é a poda, que muitas vezes precisamos, conduzido pelo agricultor.
Temos e produzimos frutos, que exalam perfumes, aromas e sabores, que precisam sempre, ir para além do parreiral, perpassando, levemente um carinho sem limites, independente do que concordamos assumir ou não. Os frutos são da videira, não dos ramos.
Novos ramos sempre precisam brotar, novas lideranças, novos trabalhos, novas tarefas. Nenhum ramo consegue se desenvolver sozinho, é preciso o suporte dos muitos galhos, que entrelaçados, se apoiam mutuamente. Assim os diversos cargos e lideranças indicados e eleitos precisam do amplo e forte suporte de toda a videira, para que haja frutos dignos do agricultor.
Nenhuma planta sobrevive sem o alimento dado pelo agricultor. Ao sairmos da assembleia, na comunhão, e pela comunhão, somos alimentados, regados, adubados, para continuarmos a produzir mais e mais, frutos de amor, esperança e fé.
Videira, 27 de maio de 2018.
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