Foi no dia 25 de agosto, que Paróquia Cristo Redentor da Comunidade Evangélica de Joinville, acolheu os participantes do 20º Seminário Sinodal sobre Deficiência e Inclusão promovido pelo Sínodo Norte Catarinense - SNC. O tema “Aprender a acolher sem medos e receios as pessoas com deficiência” foi trabalhado pelo Psicólogo Edson Souza de Almeida, especialista em Psicodrama e Terapia Familiar Sistêmica.
Edson abordou o tema com sensibilidade e conhecimento de causa. Num dado momento ele afirmou que podemos acolher todas as pessoas, com ou sem deficiência. Alguém perguntou: - Como acolhê-las? Com carinho e atenção, indo sempre ao seu encontro e, com gestos, demonstrando o amor e respeito que temos por elas. A Comunidade Cristã deve ser um espaço onde o preconceito não pode ter vez – disse o psicólogo. Foi utilizando a dinâmica do psicodrama que ele trabalhou os medos e os receios do grupo no que tange à abordagem e ao acolhimento das Pessoas com Deficiência. O trabalho feito pelo psicólogo revelou um grupo disposto a derrubar preconceitos e servir à todas as pessoas.
Na parte da tarde, foi a vez de vivermos a boa assessoria da Pedagoga com especialização em Psicopedagogia e Mestre em Educação e Cultura, Regina Piske Fertig, que trabalhou o tema “Conviva com a Diferença”. Regina utilizou-se de dinâmicas, sempre enfocando que cada pessoa é diferente. Ela explicitou que, muitas vezes, nos fixamos na deficiência que a pessoa carrega e que, assim, esquecemos que esta pessoa com deficiência auditiva apenas não ouve como nós, mas enxerga como nós; sente como nós; ri como nós e até chora como nós. A Psicopedagoga Regina também nos ensinou a aprendermos a olhar as pessoas com deficiência com o coração e com sensibilidade.
Entre os participantes estavam presentes uma cadeirante e uma pessoa que amputara a perna direita. Estas duas pessoas foram convidadas a interagir com a assessora e com os participantes. Num dado momento, a cadeirante deixou claro que a sua cadeira de rodas é a extensão do seu corpo; que a cadeira faz parte da vida dela. Já a pessoa amputada fez-nos perceber o quanto as suas muletas fazem parte de seu dia a dia e que, elas, não podem jamais ser colocadas longe dela. Ela precisa que as muletas estejam ao seu alcance. O tempo foi passando e nós fomos aprendendo na prática como lidar com pessoas amputadas e cadeirantes.
Saímos agradecidas e agradecidos do Seminário. Por quê? Ora, uma vez por causa dos dons conteúdos sobre inclusão e deficiência trazidos pela nossa assessora e pelo nosso assessor. Outra, porque foi boa a troca de saberes que pudemos fazer entre nós.