No Brasil todo, aliás no mundo todo, tem muita gente se movimentando nesse mês de outubro. Afinal, dia 31 de outubro está chegando.Tive o privilégio de participar de uma viagem de estudos à Alemanha, entre os dias 14 a 30 de agosto, juntamente com mais 17 colegas. Foi uma experiência única, estar em Wittenberg, a cidade de Lutero. Entrar na Igreja (Schlosskirche - Igreja do Castelo) onde Lutero pregou as 95 teses. No interior da igreja visitamos os túmulos de Lutero e Philipp Melanchthon, bem como onde se encontra uma das primeiras bíblias traduzidas do latim para o Alemão e os retratos dos reformadores, pintados por Lucas Cranach. Também visitamos a igreja de Santa Maria, a igreja onde Lutero de fato pregava, construída no século 14.
Estivemos na casa onde ele morou com sua família. Onde Catarina Von Bora acolheu centenas de estudantes, conhecemos o interior da casa onde aconteceram muitas reflexões e discussões teológicas. Também o Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde Lutero traduziu a Bíblia.
Mas afinal de contas, o que tem de tão especial assim, passar por essas cidades e locais onde Lutero viveu?
A resposta é, não foi a pessoa ou as pessoas em si, mas os fatos que ali aconteceram e que mudaram completamente a forma com que a fé era tratada e “comercializada” na época. Wittenberg, uma cidadezinha pequena que hoje tem cerca de 47 mil habitantes, mas que apesar do tamanho, atrai, a cada ano, cerca de 400 mil turistas do mundo inteiro.
Enfim visitar Wittenberg é fazer uma verdadeira viagem na história da reforma luterana. A história deste lugar mudou para sempre quando um monge agostiniano de apenas 24 anos de idade chamado Martim Lutero (1483-1546), mudou-se de Erfurt para Wittenberg em setembro de 1508, onde pretendia continuar seus estudos teológicos. Nove anos mais tarde, este mesmo monge, já ordenado, pregaria suas 95 teses contra o comércio de indulgências praticado pela igreja católica, o que marcou o início da Reforma Protestante.
Para pensarmos: O que estamos fazendo hoje para testemunhar nossa fé e com que ousadia contribuímos para mudar a história?
Tânia Cristina Weimer – Pastora Sinodal do Sínodo Nordeste Gaúcho