Certamente muitos de nós nos remetemos automaticamente a um programa de TV que se utilizava dessa pergunta para obter a resposta a partir de notas musicais. Mas e se nós direcionássemos mais essa pergunta, tal como, qual é a música que remete a sua infância? Ao nascimento de um filho? A morte de um ente querido? Entre tantos eventos que vão constituindo a nossa história, cada um de nós poderia identificar a trilha sonora das nossas vidas.
Você já parou para pensar como a nossa vida é repleta de sons e de canções que nos marcam? Também no culto, a música possui uma função de preparação, de reflexão, de acolhida e de consolo. A música também possui função terapêutica. A Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.
Nos dias atuais acompanhamos diversas pessoas que buscam grupos para obter companhia e auxiliá-las numa nova rotina, em novos objetivos, em um novo significado de vida, por motivos como depressão, falecimento na família, aposentadoria, ou cansaço de um cuidador, cujo familiar requer muito cuidado e atenção, entre outros fatores.
Ao mesmo tempo, venho acompanhando a reflexão que regentes e líderes vêm tendo sobre a falta de um preparo maior para poder dar conta dessas demandas.
Nos últimos anos venho atendendo três grupos de terceira idade bem distintos. Dois grupos são bem independentes e o outro é composto, na sua maioria, por cadeirantes. O que percebo em comum? A vontade de viver, a alegria, a sabedoria, a paciência. É claro que em ambos os grupos existem dificuldades de locomoção, de depressão, de memória, de doenças instaladas.
Na musicoterapia entendemos que qualquer pessoa possui habilidades e dificuldades. Nenhum de nós é bom em tudo ou possui dificuldade em tudo. Quando realizamos os atendimentos, procuramos trabalhar com a dificuldade, mas também desenvolvemos as habilidades daquela pessoa.
Em uma sessão nós cantamos e tocamos nossa história, dançamos e fortalecemos nosso corpo, compomos canções que falam da mocidade, de nossos anseios e desejos, resgatamos canções através de palavras, mobilizando a nossa memória e fortalecemos o convívio social.
Para que possamos utilizar a música e seus elementos para auxiliar uma pessoa precisamos mais do que saber tocar um instrumento. O musicoterapeuta é um profissional habilitado que possui um estudo apurado em três eixos: a música, a terapia e o ser humano. Muitas pessoas vêm se beneficiando através do tratamento musicoterapêutico, mas nós precisamos de mais profissionais no mercado.
Você já pensou em se tornar um Musicoterapeuta e poder auxiliar as pessoas através do fazer musical? A Faculdades EST possui o Bacharelado em Musicoterapia e quer convidar você a se tornar um Musicoterapeuta. Visite o site www.est.edu.br e entre em contato conosco pelo e-mail est@est.edu.br ou pelo telefone (51) 2111-1400.
Sofia Cristina Dreher
Coordenadora do Bacharelado em Musicoterapia da Faculdades EST.
Bacharel em Musicoterapia pela FAP;
Especialista em Comunicação e Semiótica pela PUC-PR;
Mestre em Filosofia pela UNISINOS.