OS BRAÇOS COMPRIDOS DE DEUS
Radiante de alegria, a menina correu para o pai, com um papel na mão:
- Papai, olha só o que eu desenhei!
O pai olha a obra de arte da filha, mas não entende bem o significado do desenho: ao pé da folha ela desenhara uma porção de rabiscos, um perto do outro; e, mais acima, estava um vulto bem grande, com braços enormes, estendidos para baixo.
- O que é para significar isso? - perguntou o pai.
A menina procurou explicar o desenho:
- Aqui, em baixo, estas pequenas linhas são as pessoas, somos nós. E este grande, ali em cima, é Deus.
- Mas este teu Deus parece meio desengonçado e desproporcional. Eu nem o acho muito bonito. Seus braços são compridos demais, retrucou o pai.
- Mas papai, disse a filha um pouco chateada, exatamente aí está a beleza de Deus. Porque, para alcançar e abraçar todas as pessoas, ele precisa ter braços muito, muito compridos!
O pai deu um beijo na filha e afastou-se um pouco envergonhado, pois tinha recebido uma lição muito profunda através daquele simples desenho de sua filha. Como poderíamos chamar o poderoso e eterno Deus de pai, se ele não tivesse braços compridos, com os quais ele quer abraçar a cada pessoa, seja ela rica ou pobre, idosa ou jovem, e lhe demonstrar o seu imenso amor!
Quando Jesus ensina o Pai nosso, ele quer mostrar que Deus é muito maior do que nós podemos imaginar. Ele é o nosso verdadeiro Pai, no qual podemos confiar sempre, e que quer atrair-nos carinhosamente.
Senhor, faze-me confiar em ti, assim como um filho confia nos pais que ama. Nessa confiança, de um Pai carinhoso e misericordioso, pedimos que abençoes e estenda os seus braços compridos de benção e proteção.
(Livro: Um Abraço de Deus - Editora Sinodal)