O Natal é um período marcado por muitas tradições que, entre outras, incluem as decorações natalinas, a decoração da Árvore de Natal, a troca de presentes e a realização da Ceia de Natal. Também é comum ouvirmos que o Natal é um momento de renovação e reflexão.
Comemorado no dia 25 de dezembro, é um dos momentos mais importantes do cristianismo, pois celebra o nascimento de Jesus.
A tradição entre nossas famílias é celebrar o Natal com confraternizações familiares, após o culto do dia 24 à noite ou, até mesmo, no almoço do dia 25 de dezembro.
No entanto, confraternizações de Natal e fim de ano, desta vez, serão de forma nunca imaginada devido às medidas sanitárias impostas pela pandemia do coronavírus.
Será possível festejar sem abraços, beijos, apertos de mãos e votos de felicidades desejados bem perto do rosto?
É difícil celebrar sem abraços, mas vamos fazer o quê?
Precisamos entender que 2020 é um ano atípico.
Passaram nove meses desde que iniciamos o distanciamento social (meados de março) com o início da pandemia.
A necessidade de adaptação, reorganização, fez com que empresas e profissionais reformulassem boa parte de suas atividades e planos de trabalho. O mesmo se deu em nossas igrejas, comunidades e famílias.
Nossas casas tornaram-se local de trabalho, academia, escola, restaurante, espaço de lazer, igreja e refúgio.
Ninguém esperava ter que remarcar eventos especiais como aniversários e casamentos, viver datas comemorativas longe de pessoas amadas e reinventar a vida a partir da janela e da porta de casa ou da tela de aparelhos eletrônicos.
2020 se mostrou um ano que exigiu de todos nós muito além do planejado e nos impulsionou a superar nossa capacidade de amar, esperar e ouvir.
A comemoração do Natal, neste ano de 2020, será muito diferente devido à pandemia do coronavírus e da necessidade do distanciamento social para evitar o contágio e propagação do vírus.
Por isso precisamos ressignificar essa data para nós e nossas famílias. Em meio a uma pandemia e à diversidade de sentimentos e impactos causados por ela, essa pode ser a oportunidade para rever posturas, pensamentos, atitudes.
Em 2020, os símbolos natalinos conquistarão novos significados. Muita gente já os vê de outra forma. Os presentes, por exemplo, serão diferentes. Irão além de roupas, sapatos, brinquedos, perfumes, livros e embalagens caprichadas. A união, a presença – ainda que virtual -, a solidariedade, a valorização da família e o fortalecimento da convivência diária passam a ser ressignificados e terão uma maior relevância. Serão essas as verdadeiras lembranças que farão parte do Natal deste ano.
Tenhamos a coragem de testemunhar o amor de Deus a partir de pequenos acontecimentos e das escolhas do nosso dia a dia.
Feliz e Abençoado Natal!
Oração: Querido Deus! Chegamos a ti em oração para festejar e agradecer o nascimento do teu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. Deus, tu poderias ter escolhido qualquer forma para te manifestar entre nós, pessoas deste mundo, porque tu tens o poder. Poderias ter aparecido no céu, mas preferiste te revelar através de uma criança que se chamou Jesus. Obrigada pela tua revelação, que ainda hoje nos emociona. Aumenta a nossa fé e esperança no teu Reino. Ainda mais quando vivemos este tempo de incertezas, quando não podemos ter o que muito ansiamos: os abraços, os encontros com familiares e amigos. Fortalece-nos para a criatividade, para vivermos um Natal verdadeiro, pleno em seu maior sentido. Glória a Deus nas alturas e paz na terra a todas as pessoas a quem Deus quer bem. Amém.
Pa. Ma. Tânia Cristina Weimer
Pastora Sinodal do Sínodo Nordeste Gaúcho
