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Meditação da semana

Dúvida, a irmã da fé

11/02/2021

“Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade” (Mc 9.24). Essa frase parece contraditória, pois, ou se tem fé, ou não se tem. Como alguém afirma ter fé, mas pede ajuda em sua incredulidade? – dirão muitos. Mas, analisando com calma, veremos que isso é possível. Para compreender, basta um exercício individual. Pense, por alguns instantes, numa forma de falar da sua fé, daquilo em que crê de corpo e alma. Ao final desse exercício, provavelmente, você ficou com a cabeça cheia de dúvidas, incertezas e inseguranças, não é verdade?

Isso é muito comum. A fé em Deus não é sempre tranquila, segura e simples. É algo muito mais complexo do que podemos, de pronto, compreender. Quem já não teve crises de fé ao ver uma injustiça, ao perder uma pessoa querida ou ao ver algo que, conforme as suas convicções, Deus não poderia permitir?

Nossa fé é fraca. Por vezes, exige provas de que Deus não nos abandonou ou, até mesmo, de que Ele realmente existe. Quem tem fé, certamente tem ou já teve dúvidas. Aquela pessoa que se vangloria de sua “grande fé” é a primeira a abandoná-la, quando deparada com uma das circunstâncias mencionadas.

O verdadeiro cristão pode ser comparado àquele cobrador de impostos, citado em Lc 18.9-14. Ao contrário do fariseu, que se orgulhava do quanto era bom, o publicano não tinha coragem de elevar o rosto, e batia no peito dizendo não ser merecedor do amor de Deus. Aquele que se orgulha de quão religioso é pode ser comparado ao fariseu da mesma história; não necessita de Deus, pois já é, ao seu ver, bom o suficiente. Quando alguém diz estar completamente dono da situação, ou não crê, ou não reflete sobre a fé que tem.

Sejamos, portanto, humildes como o publicano, que não ousa dirigir-se a Deus com petulância, ou como o homem citado em Mc 9.24, que afirma ter uma fé fraca e insuficiente e que roga ao Pai, pois Ele é o único que pode fortalecê-la.

Oremos: Senhor, tu que és a fonte de todo o amor e de toda misericórdia, reconhecemos que, muitas vezes, colocamos a nossa fé em coisas mundanas, não confiando a nossa vida, a nossa família; enfim, aquilo que temos de mais preciso a ti. Também nós cremos, Senhor; ajuda-nos, também, em nossa falta de fé. Amém!

Catequista Daniel Ricardo da Costa
Igrejinha
 


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