“Viver o batismo – dons a serviço”
“Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5)
O 1º Domingo de Advento é o domingo de lançamento do novo tema do ano. Ao iniciarmos um novo ano litúrgico, ou ano da Igreja, somos presenteados com novos desafios trazidos por um novo tema e lema bíblico para o ano de 2021.
O Tema do Ano 2021 é dinâmico e propõe um movimento: No batismo Deus nos vocaciona a viver com sentido. Para isto nos presenteia com dons e capacidades que podemos colocar a serviço da promoção da vida. O Lema 2021 lembra que Cristo traz uma nova realidade – uma esperança futura que nos compromete com a vida, com a história, com o momento atual.
A partir desta dinâmica interior, a proposta é desdobrar o tema em três subtemas interligados: a) Batismo: Deus nos vocaciona; b) Dons: Deus nos presenteia; c) Serviço: Deus nos compromete.
Em 2020 o tema do batismo foi trabalhado numa perspectiva mais dogmática e o lema de João 15.16 nos auxiliou a compreender o batismo como presente divino em que a graça de Deus antecede nossa resposta de fé.
Com o tema proposto para 2021 inclui-se uma perspectiva mais prática da vivência do batismo: no batismo somos ordenados/as sacerdotes e sacerdotisas com o objetivo de servir neste mundo, participando efetivamente da missão de Deus.
O serviço sacerdotal ocorre através do uso dos dons pessoais e comunitários conferidos pelo Espírito Santo, os quais cabe descobrir, capacitar e utilizar. A possibilidade de se engajar na missão de Deus com seus dons pessoais, representa valorização e disposição para um maior compromisso por parte de membros e lideranças.
Já o lema bíblico “eis que faço novas todas as coisas” – Ap. 21.5, nos faz enxergar a vida, a história, a Igreja, nosso engajamento com os olhos da fé e da esperança. É uma palavra do próprio Deus no contexto do estabelecimento pleno de seu Reino.
A visão que Tema e Lema de 2021 propõe à nossa igreja, sínodos, paróquias e comunidades é de uma igreja sacerdotal que vive a graça do batismo e se compromete com o Reino de Deus no tempo presente - e por isso é acolhedora, inclusiva, missionária e, desta forma, relevante e atrativa em uma sociedade marcada pelo sofrimento, pela desesperança, pela violência, pela exclusão.
(Adaptado do texto de P. Dr. Paulo Butzke – coordenador do Núcleo de Produção e Assessoria da IECLB)