Queridos amigos, queridas amigas!
Certa vez Martin Lutero disse: “aqui estou e não posso ser diferente. Que Deus me ajude”.
Lutero disse estas palavras em abril de 1517, no Congresso Imperial de Worms, diante do imperador e das autoridades do império da época. Eles o chamaram para que se retrata-se, mas como sabemos, ele não o fez.
Hoje em dia, vivemos nos deparando com obstáculos que parecem na maioria das vezes difíceis de remover. Muitas vezes nos sentimos como se o caminho tivesse chegado ao fim. Vivemos cada vez mais num mundo guiado pela incerteza e insegurança. Foi assim desde sempre e continuará sendo assim. Nos momentos decisivos da história sempre houve angústia, perplexidade e apreensão.
Por outro lado, nos sentimos meio vazios, sem ação, mas por outro, queremos agir para ver logo a situação resolvida.
Quando lembramos, neste ano, os 492 anos da Reforma Protestante, relembramos a coragem daquelas pessoas e da sua coragem em romper com o poderes da época.
Por esta razão é que celebramos o Dia da Reforma de uma maneira muito consciente, com um pé na bela história daquela época e com outro pé na realidade em que vivemos hoje, e no nosso compromisso com tudo aquilo que o movimento da Reforma nos proporcionou.
Por isso, celebrar a Reforma é não ficar somente dentro de nossos templos, mas olhar para os fundamentos da fé, buscar viver a vida cristã correta, coerente, construir juntos a vida e a sociedade em que Deus deseja que nos vivamos.
Lutero não podia pedir perdão as autoridades da época, porque a gente não pode fugir daquilo que acreditamos, se acreditamos de coração no que fizemos.
Fica para todos e todas nós o desafio de celebrar a Reforma como um chamado de atenção ou um alerta para que vivamos baseados na fé, na Escritura e na graça de Deus.
Celebramos este Dia da Reforma confrontando a nossa prática, as nossas convicções e certezas com a memória histórica e desafios lançados naquele 31 de outubro de 1517.
Com toda certeza, o passado vai nos ajudar a encontar respostas e pistas que irão nos auxiliar nos desafios do presente.
P. Altemir Labes