Entre os dias 18 a 20 de fevereiro, a Comissão de Educação e Formação Ecumênica (CEEF) encontrou-se para sua primeira reunião do mandato (2014-20), com a liderança do Professor e Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da EST, Dr. Rudolf von Sinner (moderador) e a Profª Drª Esther Mombo (vice-moderadora), do Quênia. A Comissão é composta por 30 membros indicados pelas igrejas-membro do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e nomeados pelo Comitê Central da entidade. Conta, ainda, com a colaboração de consultores e das funcionárias e dos funcionários do CMI que atendem a esta área, com liderança do Secretário Geral adjunto, Prof. Dr. Ioan Sauca. O trabalho consiste em acompanhar, assessorar e apoiar o trabalho de três setores do CMI: o Instituto Ecumênico de Bossey (Céligny/Suíça), com seus vários cursos de pós-graduação, o Programa de Educação Teológica Ecumênica (ETE) e o novo programa de Formação Ecumênica Contínua. Foram tratadas também questões transversais aos programas do CMI: juventude e espiritualidade.
Foi precisamente em Bossey, no belo e conceituado Instituto situado na beira do lago de Genebra, fundado em 1946 – mesmo ano da fundação da Escola de Teologia em São Leopoldo, hoje Faculdades EST – que ocorreu a reunião. A Comissão, que se reúne a cada dois anos, vai apresentar as suas recomendações ao Comitê Executivo do CMI no final de 2015. O comitê, por sua vez, deve elaborar relatos e proposições em três áreas de trabalho: articulação, inclusão e relação com as regiões. A pessoa de referência para as relações com a América Latina é o Dr. Marcelo Schneider, egresso da EST.
Em suas reflexões, a Comissão sinalizou algumas barreiras que dificultam o processo de educação ecumênica, incluindo a acirrada competição e intensa mobilidade religiosa, em geral avessa à cooperação e ao entendimento, uma falta geral de consciência sobre o ecumenismo, a necessidade de reforçar o compromisso com a educação ecumênica, bem como a necessidade urgente de disponibilizar uma ampla gama de recursos didáticos e temáticos sobre o ecumenismo. Sobre articulação, o comitê decidiu formar um grupo de trabalho para fortalecer a educação e formação ecumênicas globais, focando na criação de uma rede de professoras e professores de ecumenismo. Sobre a inclusão, a comissão pretende assegurar a participação de jovens, pessoas com deficiência e povos indígenas para ajudar no conteúdo e na metodologia para programas de educação e formação ecumênica. O trabalho de articulação com as regiões será abordado pela Comissão visando uma revigorada e qualificada promoção da educação ecumênica.
O moderador, Prof. Rudolf, salientou a necessidade de incluir jovens e grupos excluídos de uma forma mais significativa, como membros de pleno direito no movimento ecumênico. Segundo ele, a Comissão tem refletido sobre a forma como o desafio da escassez de recursos pode ser dirigido para melhorar o trabalho das organizações regionais.
Conforme Prof. Rudolf, a IELCB e a EST têm grande reconhecimento pelo seu contínuo engajamento ecumênico. “Sinal disto é minha própria nomeação como moderador da comissão. Estamos trabalhando em três grupos para a continuidade: 1) Criação de uma rede de professores/as de ecumenismo (participo neste); 2) fortalecer a cooperação CMI-regiões (Dr. Marcelo Schneider é representante regional de um dos projetos da comissão EEF, qual seja, Educação Teológica Ecumênica, ETE; participamos, como EST, via ASTE e CETELA); 3) fortalecimento da inclusão de jovens, indígenas e pessoas com deficiência”, salientou. Até junho, estes grupos devem ter primeiros resultados a serem compartilhados com a Comissão.
Jornalista responsável: Mariana Bastian Tramontini