Porto Alegre/RS, 04 de julho de 2009.
Para: obreiros e obreiras; Presidência; Conselho da Igreja; Pastora e Pastores Sinodais; CONAJE, Comunidades e Paróquias da IECLB.
Caros irmãos, caras irmãs.
“Não deixe que ninguém o despreze por você ser jovem. Mas, para os que crêem, seja um exemplo na maneira de falar, na maneira de agir, no amor, na fé e na pureza.” (1Tm 4.12)
Reunidos em Porto Alegre, entre os dias 3 e 4 de julho, sob a coordenação do Departamento de Educação Cristã (DEC), nós, jovens da IECLB participantes de programas de intercâmbio e de representação internacional e ecumênica, discutimos sobre propostas de efetivação de uma política nacional para esses programas, que poderá contribuir para o melhor aproveitamento das oportunidades a nós concedidas no âmbito da IECLB. Oportunamente, essas propostas serão encaminhadas à Direção da Igreja. Quando apoiados efetivamente, esses programas representam oportunidade ímpar de desenvolver a formação de lideranças para a construção e o fortalecimento de comunidades.
A Missão de Deus é também a nossa paixão. Por meio desta correspondência, manifestamos nossa preocupação a respeito da coordenação e da política nacional para esses programas e para as juventudes em especial, as quais sentem a necessidade de maior empenho no investimento de recursos humanos, técnicos e financeiros.
Sentimos que os e as jovens têm encontrado dificuldades para aplicar os diversos dons desenvolvidos nesses programas no trabalho da IECLB, ainda que se esforcem por conta de seu compromisso com a fé. Registramos, ademais, que apesar dos esforços do DEC, as carências existentes no planejamento e na execução dos programas de intercâmbio transcendem as atribuições desse Departamento. Acreditamos que, parte dessas dificuldades se deva à falta de incentivo e abertura à participação ativa de jovens nas instâncias decisórias sinodais e nacionais da IECLB, embora reconheçamos que, em muitas comunidades e sínodos, já haja participação ativa de jovens.
Ressaltamos que, nas instâncias deliberativas nacionais, os jovens não têm representação expressiva para manifestar as preocupações da juventude. Essas preocupações seriam melhor contempladas pelos sínodos e pela direção nacional, porquanto seriam levadas pelos próprios jovens. A efetivação da participação jovem nas diversas esferas decisórias estaria em consonância com as atuais tendências de organismos dos quais a IECLB é membro, como a FLM e o CMI, que têm, com sucesso, reservado cotas de 15% de representação jovem em todas as suas instâncias decisórias.
Vislumbramos sensibilizar as lideranças locais, sinodais e nacionais da IECLB para que conheçam as experiências e as diversas realidades desses programas. Almejamos a promoção de espaços de interação e intervenção comunitária e sinodal, e, sobretudo o aprimoramento do preparo e apoio aos participantes em sua condição de jovens na construção de uma igreja ainda mais ativa e participativa nas comunidades e na sociedade.
Fraternalmente em Cristo,
Jovens participantes do primeiro encontro de jovens intercambistas da IECLB