A irmã Ruthild Brakemeier esteve em Moçambique no final de fevereiro, participando em nome da IECLB da reunião anual do Joint Mission Board (JBM), grupo de igrejas que apóia a missão neste país.
De lá, a irmã Ruthild trouxe a narrativa emocionada do carinho com qual as comunidades e autoridades locais lembram da diaconisa Doraci Edinger, um ano após a sua morte.
O grupo que estava participando da reunião do JBM realizou uma visita à paróquia de Moma, uma das áreas de grande atuação de Doraci. Lá foram visitadas quatro localidades e em todas a recepção foi calorosa e marcante. Em Mavuco, a primeira parada da delegação, a irmã Ruthild apresentou-se as lideranças de 7 congregações presentes, lembrando o lema daquela semana, de Romanos 5.8, reforçando que a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil ama a Igreja de Moçambique e quer continuar auxiliando-a, mas que só poderá enviar outra pessoa quando o assassinato da Irmã Doraci Edinger estiver esclarecido.
O régulo, representante político do povo, Alberto Maleço e um Ancião Paroquial, Júlio Miguel, leram mensagens nas quais expressaram sua tristeza pela perda da Irmã Doraci, bem como a falta de um pastor, de escolas, de água potável e, sobretudo de um Posto de Saúde.
“É com grande mágoa e consternação que lembramos o falecimento de nossa irmã Doraci, cuja morte deixa a Paróquia de luto e todo o mundo, em particular a Igreja Evangélica Luterana em Moçambique” – disse Maleço, depois de apresentar a Paróquia e falar de suas expectativas e necessidades.
Já o régulo, lembrou com gratidão todas as iniciativas da irmã Doraci que contribuíram para a melhoria das condições de vida da população e pediu ao grupo do JBM que fosse dado seguimento ao trabalho: “Ao terminar, pedimos a equipe da Igreja Evangélica Luterana em Moçambique a continuação das iniciativas e misericórdias que a Irmã Doraci vinha efetuando nesta comunidade”.
Ruthild conta que chegar nu último local previsto para visitação, o dia já estava escurecendo, mas mesmo assim ainda havia um bom número de pessoas de pessoas reunidas aguardando o grupo, desde bem cedo da manhã.
No último dia de reuniões do JBM, 27 de fevereiro, foi realizado um culto em memória da Irmã Doraci, conduzido pelo Bispo Molefe Dithale, com vários convidados para pequenos pronunciamentos, mensagens e orações. na ocasião o P. Mavnduse, que integrava o grupo afirmou ter visto a irmã Doraci apenas por três vezes, mas que tinha ficado marcado pelo seu testemunho. Outro pastor lembrou a parábola da semente de mostarda que pode tornar-se uma árvora frondosa com a graça de Deus e, como conta a Irmã Ruthild, mais tarde alguém disse: Doraci foi uma semente que já cresceu