Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e Ecumene



ID: 2676

Deus nos liberta e une com a boa nova de Cristo, o amor!

Quarto dia - Os oito dias de oração

17/05/2018

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SOUC 2
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Isaías 9. 2-7a:  Estender-se-á a soberania e haverá paz sem fim.
Salmo 34. 1-15:  Procura a paz e vai atrás dela!
Apocalipse 7. 13-17: Deus enxugará toda lágrima de seus olhos.
João 14. 25-27: Eu vos deixo a paz.

Reflexão

Para superar a violência, precisamos rever nossos discursos. Nesse sentido, uma maior responsabilidade têm as pessoas formadoras de opinião, em especial, lideranças religiosas, comunicadores e comunicadoras, lideranças políticas, entre outras. Em tempos de comunicação online e digital, é possível perceber o aumento dos discursos de ódio racista, homofóbico, xenófobo, misógino, que podem resultar em ações de violência contra as minorias. Estes discursos ganham espaço também nos programas abertos de televisão e nos jornais impressos, principalmente nos programas e páginas de jornais cujo o objetivo é ilustrar a violência. Tais programas não hesitam em qualificar uma pessoa de criminosa. Não são raras as vezes em que apresentadores de tais programas defendem a pena de morte e incentivam o ódio. Não há uma reflexão e um convite aberto para que se converse sobre as causas estruturais da violência em nosso país. A repressão pura e simplesmente não é a estratégia ideal para mudar contextos violentos. São necessários programas eficazes de prevenção à violência e a promoção de estratégias para a mudança de uma cultura da violência para uma cultura de não violência.

Quando qualquer argumento fomenta o espancamento, a exclusão de pessoas, o ódio a quem quer que seja - não é um discurso cristão. Se o discurso de ódio encontra qualquer eco na sociedade, ele ganha força e gera mais violência.

O discurso de ódio e um incentivo para a morte, para o medo e para o caos de uma sociedade e de um povo desorientado que busca qualquer um para vesti-lo de super-herói/salvador. Basta observar atentamente o que vem acontecendo no Brasil.

Deus nos une e liberta por meio de Cristo Jesus, que em seu calvário foi torturado com açoites, espinhos feriram sua testa fazendo jorrar sangue, cravos estilhaçaram suas mãos e pés em uma cruz. Jesus sabe qual é a dor das pedradas e das feridas abertas pela tortura. Lembremos que ele sofreu tudo isso para que fizéssemos memória da crueldade e que o amor nos impedisse de repetir tais atos de violência. Foi o discurso do ódio que crucificou Cristo, sejamos coerentes aos sinais do Evangelho. Amém. 

Oração
Deus de toda a consolação e esperança, tua ressureição derrotou a violência da cruz. Como teu povo, possamos ser um sinal visível de que a violência do mundo será vencida. Assim oramos em nome de Jesus Cristo ressuscitado. Amém.

A mão de Deus aponta para nossa terra, indicando o caminho que devemos seguir; o caminho é nebuloso, tão facilmente nos desviaríamos. Mas somos guiados pela mão de Deus que nos une e liberta.

FONTE: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil. Caderno da SOUC 2018, pág. 32-33. 


 


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