Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e Ecumene



ID: 2676

Dá-nos um pouco da tua água

Prédica

18/05/2015


Dá-nos um pouco da tua água


Semana de Oração

“Dá-me um pouco da tua agua”!

Estimados irmãos e estimadas irmãs!

Que a graça, o amor, a sabedoria e a luz do nosso amado Deus estejam com todos e todas! Amém.

Diz o Salmo 103.1 “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome”.

Assim como diz o Salmista, eu posso lhes afirmar, amados e amadas, que o meu coração e a minha alma estão cheios de alegria e bendizendo ao nome do nosso Senhor por esse momento tão especial aqui.

Tenho um enorme carinho pelos encontros, pelas celebrações e pelas diversas atividades ecumênicas que participo. E não é diferente neste momento.

Como é especial podermos celebrar juntos o amor do nosso Senhor Jesus, com nossos jeitos diversos, com compreensões diferentes.

Não sei se todos e todas já se deram conta, mas fazer atividades ecumênicas é algo muito desafiador, pois nem todos estão abertos à diversidade. Mas, quando conseguimos dar esse passo de sair dos nossos muros pessoais e eclesiásticos e encontrar aqueles e aquelas que diferem do nosso jeito de ser, acabamos descobrindo que o nosso bondoso Deus não é só “meu”, mas de toda criação.

O grande desafio do Ecumenismo é motivar a compreensão de que todos e todas nós vivemos num mundo que não é nosso, mas que é presente de Deus. Ou seja, o Ecumenismo nos faz sair da ideia de que só eu e minha igreja somos filhos de Deus. Ecumenismo também não é que as igrejas diferentes tenham uma única doutrina, mas pretende unir igrejas em tarefas e iniciativas que nascem da fé cristã.

 Creio que agora vocês entendem o porquê do meu coração e da minha alma estarem exultantes nesse momento. Porque para mim as celebrações ecumênicas nos unem acerca daquilo que temos em comum, a saber, Jesus Cristo, o Filho de Deus, o nosso Salvador.

É sempre muito gratificante poder viver e conviver com irmãos e irmãs que confessam Jesus Cristo como seu Senhor. E é justamente o Filho de Deus que viveu entre nós e nos ensinou a partilhar a vida e ir ao encontro das pessoas.

 O texto bíblico de João 4, que foi proclamado anteriormente, nos mostra concretamente que Jesus vai encontro das pessoas. Nesse texto fica claro que Jesus supera preceitos religiosos, culturais, sociais, (...) e vai encontro. E, poderíamos citar inúmeros textos que nos mostram esse Cristo que abriu mão da sua Glória para vir ao mundo oferecer a graça do perdão, da Salvação.

“Dá-me um pouco da tua água”, é o pedido que Jesus fez à samaritana no poço de Jericó. Jesus optou passar por Samaria, uma região marcada por inúmeros conflitos entre Judeus e Samaritanos.

Cruzar caminhos de conflitos foi necessário para que Jesus inaugurasse sua missão propondo uma nova perspectiva de convívio social, do diálogo, da convivência e da interação entre as diferenças no mundo plural.

Esse “Dá-me um pouco da tua água” de Jesus é muito profundo. Esse pedido de Jesus tem um significado muito maior do que apenas a necessidade física da sede. Ao fazer esse pedido, Jesus tem uma sede de encontro, de comunhão, de respeito, de ofertar vida nova. E o mais interessante: esse encontro transforma a vida daquela mulher. Ela descobriu que aquele que lhe pede água é capaz de saciar as suas “sedes”. Com tudo isso ela se transforma numa missionária, pois ela sai correndo e vai contar aos demais sobre esse seu encontro com o Messias.

O encontro com Jesus restabeleceu a dignidade, o valor e, sobretudo, a alegria de viver daquela mulher. E, a partir disso, ela se sente chamada a comunicá-lo aos demais.

Nós vivemos numa cidade enorme. Com tantos problemas, com tantos obstáculos. Temos milhares de pessoas com “sedes”. Sede de amor, de perdão, de respeito, de comunhão, de paz, de salvação.

E nós sabemos onde está a fonte para saciar tudo isso: Jesus Cristo. Por isso, nós estamos aqui, nessa semana de oração. Primeiramente para buscar essa fonte. E, consequentemente, para orar por esse mundo/nossa cidade e nos fortificarmos como discípulos e discípulas que se sentem chamad@s tal qual a mulher samaritana a ser pedras vivas nessa missão de evangelização.

Encerro minha pregação com muita alegria. E lembro: a nossa missão e evangelizar. E isso não deve ser feito com intuito proselitista. Mas com o único intuito de servir a Cristo.

Que o nosso amado Deus nos abençoe hoje e sempre. Amém.

 


Autor(a): Alexandre Klitzke
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Guarulhos (SP)
Área: Ecumene / Organismo: Semana de Oração pela Unidade Cristã - SOUC
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 33405

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É isto que significa reconhecer Deus de forma apropriada: apreendê-lo não pelo seu poder ou por sua sabedoria, mas pela bondade e pelo amor. Então, a fé e a confiança podem subsistir e, então, a pessoa é verdadeiramente renascida em Deus.
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