Após as graves enchentes no Vale do Taquari, Brasil, o secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Rev. Prof. Jerry Pillay, expressou tristeza e preocupação pelas pessoas afetadas.

“Enquanto dezenas de milhares de pessoas enfrentam as consequências das enchentes, queremos que vocês saibam que estão em nossos pensamentos e orações”, escreveu Pillay em uma carta de solidariedade à liderança da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

Milhares de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas pelas tempestades que começaram no dia 4 de setembro.Granizo e mais de 300 milímetros de chuva foram lançados no estado do Rio Grande do Sul em menos de 24 horas, provocando inundações e deslizamentos de terra.

O número de mortos devido ao ciclone aumentou para 41, disseram as autoridades em 8 de setembro. 46 pessoas continuam desaparecidas. O governador do estado, Eduardo Leite, disse que o número de mortos é o mais alto que o estado já viu devido a um evento relacionado ao clima.

A tempestade, classificada como ciclone extratropical, atingiu mais de 80 municípios ao todo, afetando mais de 135 mil pessoas, disseram as autoridades. Deixou mais de 3.046 pessoas desabrigadas e mais de 7.700 deslocadas.

As enchentes do Rio Grande do Sul são apenas os últimos desastres naturais recentes no Brasil. Mais de 50 pessoas morreram no estado de São Paulo este ano, depois que fortes chuvas causaram deslizamentos de terra e inundações.

O Rev. Mauro Souza, segundo vice-presidente da IECLB e membro do comitê central do CMI disse: “As mudanças climáticas afetam severamente todo o planeta. Grandes quantidades de chuva inesperada apanham as comunidades de surpresa, causando morte e destruição, dor e sofrimento. A IECLB convoca toda a igreja a se unir em orações e ações de solidariedade, para que o sofrimento seja amenizado. Deus da vida, ouça nosso clamor.”

O Arcebispo Jaime Spengler, presidente da CNBB, disse: “Essas tragédias nos lembram, mais uma vez, da importância de cuidar do clima e da nossa casa comum, que está enviando sinais que nos alertam para a necessidade de respeitar e cultivar o que é necessário para que a mãe natureza possa continuar a oferecer o que todos nós precisamos: condições de vida.”

Pillay orou pela força contínua da região. “Por favor, aceite nossas condolências e nossas esperanças de cura e renovação”, disse ele. “Estamos com vocês enquanto enfrentam a dor de entes queridos perdidos, casas destruídas e vidas perturbadas.”

Pillay também observou que eventos climáticos extremos têm afetado estados e regiões em todo o mundo nos últimos anos. “Infelizmente, é claro que os impactos das alterações climáticas estão a levar a situações mais extremas – e mais regulares – como estas”, disse ele. “A menos que trabalhemos em conjunto para enfrentar as causas e consequências das alterações climáticas, não teremos esperança de melhorar e proteger a Terra e todos os seus habitantes no futuro.

O Sínodo Vale do Taquari, da IECLB, está coordenando uma campanha solidária para arrecadar fundos para ajudar as vítimas. (CONFIRA AQUI)

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Tradução:
P. Dr. Mauro Batista de Souza
Pastor 2º Vice-Presidente da IECLB

Crédito da foto: Agora no Vale/Divulgação