Porto Alegre perdeu o Fórum Social Mundial, que em 2006 está acontecendo na cidade africana de Bamako, em Caracas - capital da Venezuela e Karachi, no Paquistão. Em compensação, a capital gaúcha ganhou outro evento internacional: A 9a Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), marcada para o período de 14 a 23 de fevereiro deste ano. O encontro ecumênico reunirá mais de 3.500 pessoas vindas de 110 países na Pontifícia Universidade Católica do Grande do Sul (PUCRS). Ativistas dos direitos humanos e ganhadores do Prêmio Nobel da Paz como o escritor argentino Adolfo Pérez Esquivel, o arcebispo africano Desmond Tutu e a defensora das causas indígenas na Guatemala, Rigoberta Menchu, já confirmaram presença na 9a Assembléia do CMI.
Na programação da 9ª Assembléia, além dos assuntos ligados diretamente às questões de fé, consta o Mutirão, um mosaico do trabalho social promovido direta ou indiretamente pelas Igrejas do mundo. Outros eventos de destaque serão a Plenária da América Latina, a Vigília pela Paz e a Noite Cultural – uma mostra de manifestações artísticas sul-americanas onde se apresenta o gaiteiro gaúcho Renato Borghetti.
O encontro é realizado a cada sete anos há quase seis décadas e pela primeira vez terá a América Latina como sede. A escolha do Brasil deve-se a experiência ecumênica e, no caso de Porto Alegre, a realizações ligadas a causas humanitárias, como é o caso do Fórum Social Mundial.
Comunidade cristã fundada em 1948, o Conselho Mundial de Igrejas reúne 347 igrejas protestantes, ortodoxas, anglicanas e outras que juntas representam mais de 560 milhões de cristãos e cristãs em vários continentes. É sediado em Genebra e trabalha em cooperação com Igrejas Católica Romana.