Morei 8 anos em frente à igreja católica na Vila Fernandes em Canoas, mas nunca assisti uma Missa, sequer entrei no templo. Cumprimentava, sim, o Pe. Adalberto, que era nosso vizinho. Certa oportunidade, em férias, eu fui até Santa Rosa, minha cidade natal, para visitar parentes e amigos. Cheguei na casa da Geni, mulher preciosa que sempre considerei minha segunda mãe, pois na minha infância, cuidou de mim com carinho. Meus pais gostavam de jogar baralho, por isso inúmeras vezes fiquei sob os cuidados dela e do Seu Bidu. Conversa vai, conversa vem, ela me disse: Vou à igreja! Você quer conhece-la? Participo de um grupo de mulheres. Acompanhei e gostei. Percebi que “espiritualidade autêntica” existe em todas as denominações, assim como existem também pessoas que “relaxam” nas mais diversas igrejas. Dona Geni me abriu as portas da igreja católica. Hoje o casal é falecido, mas a lembrança e o carinho continuam fortes. Hoje sou simpático e incentivo o Ecumenismo, que é herança, com certeza, do simples convite da minha segunda mãe. Leia o Salmo 92 que, entre outras belas palavras, diz: O justo, na velhice, ainda dará frutos!