“Bem-aventuradas são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês. Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês” (Mateus 5.11-12).
Enquanto pessoas cristãs podemos sofrer rejeição e perseguição neste mundo. Ser coerente com a vontade de Deus exige resiliência e resistência, pois há muitas forças tentando conter a pregação e a vivência do Evangelho. As primeiras comunidades cristãs já testemunharam que, em boa parte, os insultos e as perseguições surgem dentro da própria comunidade. O mal age no interior da comunhão com a intenção de enfraquecê-la e exterminá-la.
Descontentamentos e divergências levam pessoas e grupos a fazerem acusações, ataques e ameaças, gerando conflitos e crises. Infelizmente, como Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), também vivenciamos essas situações, fundamentadas em interpretação desvirtuada das Escrituras Sagradas ou sob o pretexto de defesa da “pura doutrina”. Isso acontece principalmente por meio das redes sociais, muitas vezes de forma anônima e com o intuito de manipular pessoas e lideranças das comunidades. A Palavra de Deus orienta as pessoas a viverem unidas no caminho que conduz ao Seu Reino. Toda palavra que agride, desvaloriza, isola e distancia as pessoas não serve a Deus mas àquele que causa confusão e separação e não contribui para missão de Deus.
Como Conselho da Igreja, manifestamos solidariedade com todas as pessoas que servem a Deus através da IECLB nas suas diversas instâncias e frentes de trabalho, especialmente ministras e ministros que sofrem insultos, agressões e perseguições nas redes sociais. Registramos nossa indignação e inconformidade diante de falsas acusações, exposição de imagens, ameaças e constrangimentos. Repudiamos mentiras, expressões de ódio, perseguição e incitação à violência.
Ressaltamos que a IECLB possui um modelo de organização e gestão que permite – e promove – a participação de cada pessoa membro, em todos os processos de decisão, nas diversas instâncias, conforme os documentos normativos. Definitivamente, a opção por pautar discordâncias e intrigas nas redes sociais, utilizando mentiras, informações parciais e agressões não é caminho legítimo e não contribui para a edificação da Igreja. Oramos e motivamos as pessoas perseguidas a perseverarem em sua vocação e a seguirem confiantes e consoladas nas promessas de Jesus, registradas no Sermão do Monte. Que Deus nos permita superar o ódio e a violência através do amor, da paz e da justiça.