Nós, conciliares do XXII Concílio da Igreja, reunidos em Cuiabá e em Chapada dos Guimarães/MT, de 19 a 22 de outubro de 2000, aceitamos o convite e o desafio de confraternizar com os irmãos e as irmãs do Sínodo Mato Grosso, avaliar a caminhada dos últimos dois anos da IECLB e refletir sobre o nosso futuro enquanto Igreja de Jesus Cristo no mundo.
A realização do Concílio no Sínodo Mato Grosso ressaltou o amor e a boa vontade em servir dos membros da IECLB. Isto se evidenciou no trabalho voluntário de muitas pessoas de diferentes localidades do Mato Grosso, antes e durante o Concílio, e na disposição da maioria dos conciliares que se propuseram a viajar milhares de quilômetros para participar do mesmo. Esta motivação nos desafia a buscar alternativas para as dificuldades de ordem financeira na Igreja em todos os níveis.
O símbolo das mãos acompanhou-nos durante todo o Concílio. Mãos que se unem para orar, como o fizemos durante as celebrações; mãos que se erguem para manifestar a sua opinião, o que exercitamos nas câmaras e plenárias; mãos que se dispõem a ser instrumentos da missão de Deus e que se engajam na preservação da vida – tão rica em diversidade no Pantanal Matogrossense.
A aprovação do Plano de Ação Missionária da IECLB estimula a “recriar e criar comunidade juntos” para que nenhuma comunidade fique sem missão e nenhuma missão sem comunidade. O plano impulsiona para um reavivamento interno e desafia a transpor fronteiras e a aquecer a vida criada pela mão calorosa de Deus.
Reafirmamos nossa identidade litúrgica, respeitando a diversidade geográfica e cultural brasileira. Entendemos que o culto é o elemento central da vida comunitária. Nele Deus vem ao encontro das pessoas, orientando-as com sua Palavra e fortalecendo-as na eucaristia. Neste processo de resgate da essência do culto cristão luterano, as comunidades são convocadas a participar ativamente.
O lançamento do tema da Igreja para o ano de 2001: “Ide, fazei discípulos...” (Mt 28.19) com o lema: “para que tenham vida...em abundância” (Jo 10.10) apontou para a dimensão missionária da Igreja e seu compromisso com a promoção de sinais da vida plena.
Nesse sentido, animamos a todas as comunidades a permanecerem fiéis na sua vocação. Encorajamos os irmãos e as irmãs a colocarem seus dons e talentos a serviço do reino de Deus, dando-nos as mãos no propósito de cada vez mais buscarmos a unidade da Igreja de Jesus Cristo.
Chapada dos Guimarães, 22 de outubro de 2000.