O Espirito Santo age onde quer e como quer

01/08/1987

 

O Espirito Santo age onde quer e como quer

Estávamos no ano de 1940 Começo de uma década difícil e sangrenta para o mundo inteiro. Ditaduras oprimiam os povos de diversos países da América Latina e da Europa. E lá na Europa a Segunda Guerra Mundial era uma terrível realidade.

A MEUC, que naquela época se chamava de ¨Gemeinschaftsbewegung¨ e liderada pelo missionário Alfred Pfeiffer, era um movimento pequeno.

No ano de 19,39, a convite do missionário Alfred Pfeiffer, o senhor Willy Steenbock ingressou na MEUC, como obreiro de tempo integral.

Uma das grandes qualidades do jovem missionário Willy Steenbock foi a habilidade de lidar com juventude. Até 1940 as atividades da MEUC se restringiam quase só na formação de grupos de estudos bíblicos, evangelizações e retiros. a que faltava era um trabalho entre os jovens. Havia bastante jovens na MEUC, como não podia deixar de ser, considerando que a própria MEUC, era um trabalho ainda jovem. E na Igreja também não havia trabalhos entre os jovens.

Aí um participante ativo da MEUC, o senhor Gerhard Krahn, resolveu reunir os rapazes duas vezes por mês e a esposa do missionário Steenbock reunia as moças na casa do casal Steenbock.

A primeira reunião dos rapazes, sob a liderança do senhor Krahn, aconteceu no mês de junho de 1940. Foi praticamente o início do trabalho sistemático entre os jovens na MEUC, que nunca mais parou.

Mas este trabalho sofreu vários revezes. Poucos meses depois de iniciado, o irmão Krahn perdeu o interesse. Se não fosse então já a dedicação do missionário Willy Steenbock, este trabalho talvez tivesse terminado por aí. Contudo, ainda não havia lideranças entre os jovens. O missionário Steenbock tinha pouco tempo disponível, se bem que a casa dele sempre estava aberta para eles. Sempre que podia, ele lhes dedicava algum tempo, para grande alegria dos jovens.

Outro fato decisivo para a continuação do trabalho entre os rapazes eram as casas abertas de alguns meucanos e de outos casais daquela época. Os rapazes se reuniam alternadamente naquelas casas. Mesmo sem uma liderança definida, o trabalho crescia. Os jovens sabiam dar um jeito. Durante as reuniões havia jogos e espones. Mas a Palavra de Deus, juntamente com uma meditação, era o centro dessas reuniões.

É claro que não faltavam os convites aos jovens para essas reuniões dominicais. Muitos atendiam e diversos ficaram, até hoje.

Os anos de 1942 à 1945 foram muito difíceis para a MEUC e para a Igreja. Todas as atividades eram restritas a um mínimo. Contudo, apesar das dificuldades, houve um crescimento constante. Deus estava abençoando.

Uma das características marcantes dos meucanos de todas as faixas etárias era a boa frequência nos cultos da nossa igreja. Muitos jovens meucanos participavam ativamente dos trabalhos da igreja.

Depois da queda da ditadura e das proibições, os missionários puderam dar mais atenção aos jovens, o que foi muito importante.

Então aquele pequeno trabalho começou a se expandir. Hoje é um trabalho respeitável. E Deus continua abençoando. A MEUC bem como a IECLB não podem negar que o trabalho entre os jovens na MEUC é uma bênção para ambos. Quantos pastores, esposas de pastores, missionários e inúmeros obreiros leigos eram participantes fiéis deste trabalho, onde foram ricamente abençoados. Isto, apesar de nos primeiros tempos ter sido menosprezado e até ridicularizado por uns e ignorado por outros. Eram meucanos e pastores que não gostavam da ideia de uma juventude organizada. 'Eles não entenderam que o Espírito Santo é soberano e que o Senhor Jesus tem os seus planos com a juventude, que são o futuro de qualquer movimento, trabalho e igreja. Nosso sincero desejo e oração é que este trabalho continue sendo uma bênção para muitos, para a honra e glória do nosso Senhor Jesus Cristo.


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