Colégio Evangélico Augusto Pestana (CEAP) - Ijuí/RS

15/03/1899

A escola comunitária surgia em 1899, quando Ijuí ainda era uma Colônia em seu início. Passou por várias fases, evoluindo à medida que a Colônia emancipou-se, em 1912. Nos anos 30 o crescimento da Escola se defronta com um dos períodos mais difíceis, durante o Estado Novo. É quando passa a ser integrada à Comunidade Evangélica Ijuí. No final dos anos 40 a criação do Ginásio é uma das marcas, e nos anos 50 a Escola assume a denominação que tem até hoje, Colégio Evangélico Augusto Pestana. As transformações sociais e, conseqüentemente, educacionais, seguem, nas décadas seguintes, também influenciando o CEAP. Avanços tecnológicos, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, globalização e as revoluções do Século 21 desafiam constantemente a Escola na tarefa de ajudar a construir cidadãos livres, conscientes e críticos.

Ainda era recente o surgimento da Colônia Ijuhy (1890) quando foi criada a Escola Ijuhyense, hoje CEAP. O ano era 1899 e a Escola surgia por iniciativa de um grupo de teuto-brasileiros luteranos, inseridos no contexto da Colônia, cujo povoamento tinha como característica intencional a diversidade étnica.

Conscientes da importância da educação para a formação de seus filhos, algumas pessoas criaram as condições materiais necessárias para uma comunidade escolar de doze alunos e um professor, Max Trauning: um casebre emprestado, toscas carteiras e bancos – fabricados pelo próprio professor. O objetivo era dar instrução e preservar a Língua e cultura alemãs. A escola comunitária teve, em sua primeira fase, altos e baixos, chegando a fechar temporariamente as portas. Em 1912 a Colônia emancipava-se, consolidava suas bases econômicas e viabilizava-se politicamente. Neste contexto a Escola Paroquial passava a ser Sociedade Escolar Alemã, funcionando em dois turnos, ministrando curso noturno para adultos.

Já em 1917, acompanhando o crescimento do município, a Escola chega a 150 alunos e cria o primeiro Internato Masculino do Município, para receber filhos dos migrantes espalhados pela região. A Escola passa a chamar-se, por sugestão do prefeito Coronel Antônio Soares de Barros, de Escola Moderna.

O ano de 1931 é importante na história da Escola. É quando acontece a inauguração do novo prédio - com uma grande festa popular cujos lucros serviram para amenizar os custos da obra. Um ano depois é criado o primeiro Jardim de Infância de Ijuí, inspirado nos Kindergarten alemães e com o incentivo e apoio da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas de Ijuí – OASE.

Com a chegada do Estado Novo e seu projeto de nacionalização, a Escola enfrenta uma das fases mais difíceis, terminando por ser integrada à Comunidade Evangélica de Ijuí, já que o Estado não intervinha nas comunidades religiosas. Nessa circunstância, passa a chamar-se, a partir de 1938, de Escola Synodal e passa a ser uma escola confessional, vinculada à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB. Ainda no contexto do Estado Novo, em 1946, foi necessário optar por um patrono que a identificasse e a opção recaiu em Augusto Pestana – seu fundador–, passando a denominar-se Escola Sinodal Augusto Pestana. Em 1947 é aprovada a criação do Ginásio, e em 1956, a partir de novas demandas, é iniciado o Curso Científico e a Escola passa a assumir a denominação que detém até hoje: Colégio Evangélico Augusto Pestana.

A partir de 1986, seu projeto educativo passa a centrar-se em Temas Geradores e Habilidades Básicas que facilitam a integração do conhecimento e a interdisciplinaridade. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996, a comunidade escolar é envolvida na ressignificação de seu Projeto Educativo sedimentando e atualizando práticas a partir das novas teorias educacionais veiculadas a partir de novos paradigmas e em um novo contexto: o da Globalização.

O CEAP reconhece as complexidades e as crises do Século 21, lembra dos desafios enfrentados pelo pioneirismo dos fundadores da Escola e aposta na busca permanente do novo, sem descuidar das raízes, aspirando a um mundo melhor e ajudando a formar homens e mulheres solidários, sensíveis, conscientes e livres, perseguindo a máxima de Lutero que propunha a Libertação pelo Saber.

Buscando inspiração em seu passado e atento a seu tempo e lugar, vale-se da experiência acumulada e de uma marca que se impõe pela seriedade e responsabilidade, lança seu olhar para o futuro e investe na pesquisa, apostando na atualização permanente de seu professor, postura que vem acompanhando sua trajetória no campo da educação, como integrante da Rede Sinodal de Educação.


Veja em anexo edições históricas do CEAP.

HISTÓRIA
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É a fé que nos comunica a graça justificadora. Nada nos une a Deus, senão a fé: e nada dele nos pode separar, senão a falta de fé.
Martim Lutero
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