SOLIDARIEDADE, abrir a mão...
...vivendo em amor cristão, partindo o pão junt@s e fazendo orações... Todos as pessoas que criam estavam juntas e unidas e repartiam umas com as outras o que tinham (Atos 2.42s). “Nós luteran@s temos fama de sermos mãos fechadas. Pouco deixamos o coração tomar atitudes, agir sem medir todos lados e traslados. Preocupamo-nos demais com a segurança para o futuro. Não queremos dar ponto sem nó! Pode faltar para amanhã...” a rmou a Pa. Elisabet Lieven, então Ministra na Comunidade de Teó lo Otoni/MG, no Sínodo Sudeste.
Minhas amigas e meus amigos, o trabalho de criar vínculos em partilha e solidariedade desafia ainda mais @s luteran@s. Se fosse fácil abrir as nossas mãos, não precisaríamos de tantos cartazes propositivos, chamadas constantes, adesivos, sugestões de como cativar para a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem, ainda mais que trata-se de um ato solidário às pessoas que conhecemos e a quem podemos acompanhar se farão bom uso do dinheiro!
Todos esses sentimentos que vêm lá de dentro nos envergonham, por estarmos tão distantes do testemunho das primeiras Comunidades cristãs. Quantos argumentos a mais precisamos para ‘abrir a mão’, apoiar e, portanto, levar um pouco de condições àquelas pessoas que estão se firmando como Comunidade que buscam viver o bem? Quanto gastamos semanalmente com quinquilharias, comidas e bebidas desnecessárias para uma vida saudável e valiosa e ainda temos coragem de calcular se vale a pena ou não ajudar?
Temos que assumir: dentro de nós residem a usura, a ganância e o desejo de ter mais. Constantemente, a nossa mão é tocada. Eu fecho ou abro a minha mão com alegria? Por que é tão difícil assim sentir esse amor ensinado e vivido por Cristo que nos leva ao encontro com a outra pessoa, principalmente com aquela que mais precisa de cuidado e compaixão?
A Educação Cristã Contínua nos orienta que toda situação desafiante é uma oportunidade para ensinar e aprender! Assim, compartilho uma experiência realizada Comunidade de Teófilo Otoni/ MG. Desde a primeira Campanha Vai Vem, em 2008, estimulamos @s jovens e adolescentes a se envolverem no processo. Confeccionamos cofres em garrafas recicláveis, colando adesivos e soltando a criatividade em meio a colas e fitas coloridas.
Em todos os cultos e nas programações, as famílias eram convidadas a assumir a empreitada com alegria e bom ânimo! A garrafi nha fica em um lugar central da casa, para que as pessoas que ali vivem e convivem possam sentir o gosto de ofertar! Desde as crianças até amig@s e vizinh@s. Nos primeiros anos, não havia espaço para tantas garrafas/cofres e envelopes no altar... e bem pesados!
Com o tempo, foi esfriando. Vimos que é necessário alimentar essa atitude de viver a solidariedade. O nosso coração precisa ser tocado outra vez e outra vez! No acomodar, ele endurece e esfria, minha gente! Viver como Jesus viveu, amar como Jesus amou, sorrir como Jesus sorriu não pode ser algo dificultoso! Precisa fluir em gestos, em redes de apoio, em horizontes além das nossas Comunidades.