Tudo passa, mas o amor fica!
Vivemos tempos de polarização, de ‘quem não está comigo está contra mim’ e, até mesmo, tempos de ódio, que, em parte, provém do medo. Do que temos medo, esse medo que leva ao ‘ódio nosso de cada dia’? Deveríamos temer a falta de empatia, comunhão, compaixão e humanidade!
Parece que o nosso medo vem da ameaça que ideias e modos diferentes causam ao nosso jeito de pensar e viver. O medo e o ódio levam ao rompimento das relações, inclusive familiares. Se as três Ordens da Criação existem para o louvor a Deus, a promoção e a organização da vida, como afi rma Lutero, o caminho está na busca da convivência e da preservação da vida digna.
O amor de Deus desperta a fé e motiva a estabelecermos pontes, em que pessoas convivem, acolhem e perdoam. Também pecam e erram, mas buscam acertar e reconciliar. Quem constrói pontes sabe que não carrega a ‘verdade absoluta’, exclusiva a Deus.
A ponte nos remete ao amor. Tudo passa, nos mostram as águas, cujo reflexo remete à dinâmica das nossas atitudes: oferecemos amor e recebemos amor. Tudo passa, mas o amor fica! Mais: quando há comunhão, a Comunidade comemora!