O PAMI possibilita planejar atividades com intencionalidade missionária
O Sínodo Vale do Taquari conta com 34 mil membros e é composto por 15 Paróquias e 59 Comunidades, nas quais atuam 27 Ministros e Ministras. Geografi camente, é o menor Sínodo da IECLB. São pouco mais de 90 quilômetros de uma ponta à outra. Temos 38 Comunidades na zona rural com menos de 500 membros batizados e outras 21 Comunidades no contexto urbano, via de regra, maiores e que recebem parte dos membros que migram do interior para a cidade.
A IECLB está presente no Vale do Taquari desde os primórdios da colonização alemã, segunda metade do século XIX. Há várias Comunidades centenárias que vêm cumprindo a sua missão com afinco. No entanto, há mudanças significativas nas famílias e na sociedade, o que desafia as Comunidades a aprimorarem a sua gestão e a forma de realizarem a sua missão. A Igreja no Vale do Taquari não se sustenta mais com o seu crescimento natural e hereditário. Precisamos, cada vez mais, de planejamento e postura missionária.
“Nós precisamos, cada vez mais, de planejamento e postura missionária”, frisou o P. Gilciney Tetzner, Pastor Sinodal do Sínodo Vale do Taquari |
Até o momento, cinco Paróquias realizaram o seu Planejamento Estratégico (PE). Estas avaliam o Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI) como algo fundamental para a realização da sua missão.
A Comunidade de Bom Retiro Sul/ RS, por exemplo, estabeleceu a sua missão da seguinte forma: a Comunidade é a unidade pela fé em Cristo para evangelizar sem distinção, respeitando o contexto e a história da confessionalidade. Segundo a Pa. Maria Grenzel Gressler, no PE, foram priorizados os itens: a) formação das lideranças atuais e das novas, com a participação nos seminários oferecidos pelo Sínodo e palestras internas na Comunidade; b) promoção da visão de Comunidade como Corpo de Cristo e parte da IECLB, integrando-a com todas as instâncias - paroquiais, sinodal e nacional; c) PE para a Sustentabilidade.
Para a Ministra, é possível visualizar melhoras gradativas no crescimento do número de membros, na participação nos Cultos, na visibilidade e no testemunho público, entre outras. A partir do PAMI, renasceram o despertar do amor e o interesse pela Comunidade a partir do compromisso de fé. Um dos pontos fracos da Comunidade era o acolhimento. Hoje, há lideranças envolvidas na recepção para o Culto e outras atividades da Comunidade. Destacam-se, ainda, a criação de um grupo de Legião Evangélica Luterana (Lelut), a ênfase na visitação e na atualização dos documentos da Comunidade e da Paróquia.
Já a Paróquia de Arroio da Seca, em Imigrante/RS, aponta como fruto do PAMI a percepção do número de iniciativas bonitas nas Comunidades. Da mesma forma, foi importante observar os pontos fracos do trabalho comunitário. A Pa. Paula Cristina Lüdtke Dorensbach lembra que foi importante entender que a Missão de Deus não é feita por uma pessoa, mas por muitas mãos. Ela é compromisso de toda a Comunidade. Além disso, a partir do PAMI, novas iniciativas, como a formação de Grupos de Jovens e Casais, receberam ênfase especial.
O PAMI tem sido experimentado pelas Comunidades, por Ministros e Ministras como uma valiosa ferramenta para a missão, possibilitando o planejamento de atividades com intencionalidade missionária, visando à manutenção, ao crescimento e à Sustentabilidade.