Planejamento é uma das condições para sermos pessoas seguidoras de Cristo
Quando falamos em Sustentabilidade comunitária, precisamos nos ater ao cumprimento do propósito para o qual a Comunidade cristã é chamada por Deus. Para isto, um mínimo de planejamento para a consecução dos fins e do propósito é necessário, além de ser da nossa responsabilidade. O próprio Senhor Jesus Cristo nos ensinou a respeito da importância de planejarmos as nossas ações quando faz duas comparações que mostram como o planejamento é uma das condições para sermos pessoas seguidoras de Cristo (Lc 14.25-33).
O planejamento com estratégia de atuação é fundamental para que a Comunidade cristã, de forma ordeira, possa transmitir e vivenciar o Evangelho em palavras e atitudes, dentro e fora dela. Sem sabermos que alvo queremos atingir, atiramos a esmo, sem foco nem direção. Saber aonde vamos e como vamos chegar é fundamental, pois transmite seriedade, transparência e organização para quem participa da obra missionária da Comunidade. Também é um critério para que pessoas que não participam da Comunidade sejam alcançadas.
“Queremos, de fato, levar o Evangelho para fora do nosso aprisco institucional?”, questionou o P. Daniel Dammann, Ministro na Paróquia de Joaçaba/SC, no Sínodo Uruguai |
Quando pensamos em planejamento, temos que responder: Queremos, de fato, levar o Evangelho para fora do nosso aprisco institucional? Queremos fazer mais pessoas seguidoras do amor de Jesus Cristo? Então, o que está nos impedindo de fazê-lo?
Comunidades cristãs que vivem o amor de Jesus Cristo e fazem novos seguidores têm algumas características em comum: (a) a liderança não tem medo de ousar, (b) a liderança é composta por pessoas que experimentaram o amor de Deus nos momentos mais desencorajadores da vida e (c) a liderança espera que a sua Comunidade cresça, tanto na comunhão como na diferença que ela faz para fora dos seus limites.
Como fazer isto? Devemos responder: (a) O que queremos fazer? (b) Por que queremos fazer? (c) Como iremos fazer? (d) Quando iremos fazer? (e) Quem irá fazer? (f) Onde iremos fazer? (g) Quanto devemos investir para isto acontecer? (h) Qual o resultado que esperamos alcançar?
A missão da Comunidade cristã não consegue alcançar todas as pessoas ao mesmo tempo, por isso devemos olhar para o exemplo da Igreja primitiva, que se preocupava com os mais necessitados. É necessário termos claro em nosso planejamento que há muitas oportunidades que se abrem para vivermos o amor revelado por e em Jesus Cristo. Precisamos planejar para não cairmos no improviso, perdermos tempo, desperdiçarmos recursos e o empenho de pessoas, sermos displicentes com a vocação para a qual fomos chamados e estagnarmos no crescimento natural e orgânico da Igreja.
O Planejamento Estratégico (PE) ainda está em fase de implantação no Sínodo Uruguai. Há Comunidades que não conseguiram acordar para a nova realidade. Já nas Comunidades e Paróquias que fizeram o seu PE, há clareza e firmeza na caminhada. Mesmo quando ocorrem mudanças no Presbitério e/ou no Ministério, se dá uma continuidade e o alvo a ser alcançado está claro. Ainda precisamos aprimorar a forma de acompanhamento e avaliação dos resultados, mas os frutos já estão sendo colhidos. Podemos ver a ação do Espírito Santo neste PE transformando vidas e atitudes!