Na realização das ações do PAMI, vemos como podemos ser Igreja Luterana
Desde o seu início, na década de 70, com o atendimento pastoral itinerante a algumas famílias na região de Pindamonhangaba, Campos do Jordão, Taubaté e São José dos Campos, até a consolidação da mesma como Paróquia, em 2003, a missão luterana na região do Vale do Paraíba /SP tem sido caracterizada pelo caminhar solidário e missionário. A própria formação comunitária foi e tem sido uma ação missionária da União Paroquial de São Paulo por meio das suas Comunidades, dos seus Ministros e das suas Ministras, por isso podemos dizer que somos frutos da Missão de Deus no contexto do Sínodo Sudeste.
Entretanto, a missão na e da Paróquia tem os seus desafios constantes: (1) a pulverização das poucas famílias/membros em uma grande área de atuação geográfica, que abrange todo o Vale do Paraíba, parte da Serra da Mantiqueira e Litoral Norte de SP; (2) a dinâmica do contexto urbano; (3) a pouca identidade dos membros com a cidade em que moram; (4) a falta de recursos financeiros. Tais questões comprometem ações comunitárias e maior envolvimento dos membros. Por outro lado, elas geram a necessidade de um Planejamento Estratégico e Missionário que vise à Sustentabilidade.
“Recursos nanceiros são re exos de uma Comunidade viva e ativa na Missão de Deus”, destacou o P. Marcus David Ziemann, Ministro na Paróquia no Vale do Paraíba, em São José dos Campos/SP, no Sínodo Sudeste* |
Foi por isso que, a partir de 2011, a Paróquia Luterana no Vale do Paraíba iniciou a implementação do Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI), com o desejo de ser uma Comunidade com membros envolvidos e comprometidos com atitudes e comportamentos atrativos, inclusivos e ações sociais (diaconais) que vivam e propaguem o Evangelho em família, Comunidade e sociedade, respeitando toda a Criação e promovendo a paz, a justiça e o amor que dignifi cam as pessoas.
Seguindo a proposta da IECLB, uma equipe de planejamento foi formada na Comunidade de São José dos Campos a fim de aplicar o Plano. Conceitos foram estudados, necessidades e valores foram levantados, uma consulta aos membros foi realizada e metas e ações foram definidas. Nesse processo de desenvolvimento do PAMI, logo percebemos que o trabalho de planejamento e de busca por Sustentabilidade necessitaria de constante avaliação, contínuo suporte, envolvimento comunitário e busca por metodologias aplicáveis a cada contexto em sua particularidade.
Hoje, após quatro anos de aplicação do PAMI, vemos crescimento na participação dos membros na vida da Comunidade e dos seus Pontos de Pregação, bem como envolvimento dos mesmos em ações e grupos a partir dos seus dons.
Verificamos, ainda, o surgimento e a capacitação de novas lideranças, a implementação de trabalhos na área com famílias, casais, adolescentes, crianças e mulheres, além da criação de novos grupos de estudo, comunhão e música.
Desenvolver e dar continuidade ao PAMI não é fácil. Exige dedicação e comprometimento com a causa do Reino de Deus. No entanto, a cada passo dado, vislumbramos um sonho a ser realizado. Na realização das ações planejadas e aplicadas, vemos como podemos ser Igreja Luterana. Dessa forma, Sustentabilidade não depende somente de recursos financeiros, mas estes são reflexos de uma Comunidade viva e ativa na Missão de Deus.