Jornal Evangélico Luterano

Ano 2019 | número 829

Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024

Porto Alegre / RS - 08:33

Perspectiva - Profa. DRA. Ema Marta Cintra

A Marta e a Maria de todos nós!

Tudo o que fizerem, seja em palavra seja em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai (Cl 3.17).

Gosto muito do hino Aprendamos com Maria, em especial a primeira estrofe, que diz: Aprendamos com Maria a ouvir com devoção, ter de Marta a energia, pressa e dedicação. Acontece diaconia na ação com oração. Ser uma Marta Maria: que bonita vocação. Penso que ser Marta e Maria define o que se espera de uma pessoa cristã.

Os estudos que tratam sobre essas duas personagens bíblicas enfatizam o papel de Maria em escutar Jesus e ficar com a melhor parte: Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada (Lc 10.42). Maria estava corretíssima, pois sabemos que Jesus veio para nos servir e ouvi-lo é receber o melhor dos ensinamentos para a nossa vida.

Gostaria de lembrar o trabalho da Marta. A sua forma de agradar as pessoas era oferecer a sua mão. Assim foi com Jesus. Ela procurou se esmerar tanto para atendê-lo com o melhor que chegou a pedir que ele intercedesse junto a Maria para que a ajudasse. Marta cansou, começou a reclamar, mas continuava fazendo, porque esse era o modo que ela se doava às pessoas.

O fato de Marta se dedicar a Jesus é porque havia sido tocada por Ele e o agir dela e o seu amor por Cristo revelavam-se no seu trabalho. Não há motivo para considerar que esta seja uma ação menor. É importante lembrar que, quer seja em oração, quer seja em serviço, o tempo que dedicamos a Jesus sempre será bem empregado. Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática e o Deus da paz estará com vocês (Fl 4.9).

Quanto a nós, o que somos? Marta? Maria? Ambas? Todas as vezes que vejo pessoas se colocando à disposição para o trabalho, colocando os seus dons a serviço do Senhor, entendo que ali estão Marta e Maria. Por mais que, muitas vezes, reclamem que sempre são os mesmos e que, em determinado momento, se cansam, o maior significado que observo é que, apesar de tudo, se dedicam à Igreja. É a sua maneira de pregar o Evangelho, doando-se em serviço. Dedicam-se à Igreja porque Jesus as serve com a sua Palavra e a pessoa se coloca à disposição para trabalhar.

Sempre haverá, individualmente, pessoas que serão mais Martas ou mais Marias, mas também aquelas que trazem as duas na sua forma de viver a Igreja. Devemos agradecer por todas as maneiras que elas são representadas, pois ouvir o que o Senhor tem a nos dizer, como Maria, e ter a pressa e a energia, como Marta, são qualidades necessárias em uma Comunidade Cristã.

Quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia (Mt 7.26). 

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