Economia: o sustento da vida
Depois da Igreja, foi instituída a Economia, para proporcionar o sustento da vida. A esta Ordem pertencem todas as conexões familiares, bem como o esforço do ser humano para obter os seus meios de vida e o propósito de propagação da espécie. A Economia (oikonomia) engloba matrimônio, família e todas as relações de produção e de reprodução fundamentadas na casa (oikos), conforme o Texto-base do Tema da IECLB para 2018.
As explicações de Lutero ao Primeiro Artigo do Credo Apostólico também nos dão indicações para compreender a economia a partir da ação de Deus: O que significa ou o que você quer dizer com as palavras ‘Acredito em Deus Pai onipotente, Criador’? Resposta: O que quero dizer e acredito é que sou criatura de Deus, isto é, que foi Ele quem me deu e continua preservando meu corpo, minha alma e minha vida, membros grandes e pequenos, todos os sentidos, a razão e o entendimento e assim por diante, comida e bebida, roupa, sustento, esposa e filhos, empregados, casa e propriedade, etc.
Além disso, Ele faz com que todas as criaturas tenham utilidade e sirvam para suprir as necessidades da vida: o sol, a lua e as estrelas no céu, o dia e a noite, o ar, o fogo, a água, a terra e tudo o que ela produz com todo o seu potencial, as aves, os peixes, animais, cereais e todos os tipos de plantas. Além disso, todos os demais bens materiais e temporais, bom governo, paz, segurança.
A intenção deste artigo, então, é que a gente se dê conta que ninguém possui nem consegue sustentar por si próprio a vida nem tudo aquilo que foi enumerado e ainda possa ser enumerado, por menor e mais insignificante que seja. Tudo isso está compreendido na palavra Criador. Se acreditássemos com sinceridade também agiríamos de acordo: não mostraríamos tanta arrogância, como se recebêssemos de nós mesmos a vida, a riqueza, o poder e a glória. Se acreditássemos neste artigo, ficaríamos assustados e humildes! (Catecismo Maior, 2012).
P. Dr. Emilio Voigt | Coordenador do Núcleo de Produção e Assessoria