Profissionais: credibilidade e aceitação
Para exercer um papel profissional, precisamos ter credibilidade e aceitação. Mímica, gestos e tom de voz são recursos que ajudam a expressar e reforçar as características inerentes ao papel.
Os nossos interlocutores entendem a mensagem com mais facilidade e a interação flui com menos resistência. São, portanto, recursos fundamentais para a eficácia da comunicação e o alcance das metas. No decorrer do tempo, esses artifícios podem ser percebidos como parte da identidade, gerando familiaridade e credibilidade.
Pode acontecer que algum profissional não consiga se desvencilhar de uma postura inerente a um papel e atue dessa forma em outras situações. Ele mesmo não percebe, mas isso produz estranhamento ou desconforto em outros contextos.
Em algumas situações, o exercício de um determinado papel pode estar prejudicado por falta de preparo, não identificação, insegurança, entre outros. Quem o exerce, geralmente, percebe que algo não está bem.
Como há expectativa que a atuação tenha êxito, uma das formas de lidar com a situação é intensificar o uso dos recursos posturais, na intenção de reforçar a credibilidade e banir a percepção da inadequação.
Raramente esse caminho é positivo. Há um risco de produzir uma artificialidade que agride a todos, pois o profissional perde o contato consigo, subestima interlocutores – que percebem o excesso e pode ser interpretado como uma caricatura, sem credibilidade nem aceitação. Mais dramático ainda, se isso gerar um círculo vicioso.
P. Dr. Victor Linn | Pastor, Psicanalista e Coach