Gestão Ministerial: quebrar resistências?
Quando as nossas atividades e os nossos encontros com outras pessoas têm bons resultados, quando tudo flui sem que ninguém atrapalhe e o salário cai em nossa conta, o trabalho é percebido como fonte de prazer. Temos energia e criatividade para desenvolver projetos e resolver dificuldades. No entanto, quando nos deparamos com resistência ao que propomos ou ao modo como fazemos algo, com frequência, tudo muda. O espaço do trabalho se transforma em campo de combate e fonte de mal-estar.
Resistências têm o efeito de desencadear atitudes de confronto e ataque. Não raro, o primeiro impulso é armar-se com muitos recursos para se impor. O resultado pode satisfazer o ego, mas certamente terá prejuízos e danos desnecessários. Quando entramos no ’modo combate‘, perdemos o contato conosco e com os outros. A consequência é exatamente o oposto do que precisamos: em vez de apoio e envolvimento com as nossas exigências, obtemos recusa e afastamento. Terminamos assumindo o trabalho sozinhos e, algum dia, cansamos e desanimamos…
Que tal apostar em outro caminho, melhorando a nossa competência relacional? Se, em vez de confrontar e atacar, soubermos convencer e motivar pessoas a cooperar ou, pelo menos, não resistir? Para isso, é necessário redescobrir e ativar capacidades inatas ao ser humano – a empatia e o cuidado. Esses comportamentos permitem perceber a individualidade e as necessidades dos demais envolvidos. Em diálogo honesto e cuidadoso, abrir o olhar para novas perspectivas pode tornar o trabalho muito prazeroso e produtivo.
P. Dr. Victor Linn | Pastor, Psicanalista e Coach