Gestão Ministerial: resistências…
Desde os primeiros momentos de vida até o seu final, o ser humano resiste. Sem resistência, não há vida. Resistir é uma forma de proteção e um dos recursos que mais usamos – em todos os âmbitos da vida. A busca por recursos de proteção é um anseio que nos acompanha. Por diversos fatores, porém, ela pode variar de intensidade. Às vezes, também pode atrapalhar o fluxo da vida.
Tanto na vida privada quanto na vida profissional, nos deparamos com resistências. Quando é a outra pessoa que resiste, essa resistência incomoda. Não raro, é uma das causas de desconforto e desânimo entre Ministros e Ministras. Tem-se boas ideias e ações são necessárias, mas há resistência… O que fazer? O que fazemos ou deixamos de fazer incide na vida das outras pessoas, podendo acentuar ou diminuir as suas resistências.
No confronto com a resistência nas relações cotidianas, geralmente ocorrem dois equívocos. O primeiro consiste em pensar que a resistência da outra pessoa é um movimento contra mim. Não necessariamente. A resistência é, em primeiro lugar, um movimento em favor de algo que esta pessoa presume ameaçado e quer preservar. O segundo consiste na dimensão da ameaça presumida, geralmente desproporcional.
Quando atuantes, esses equívocos afetam as emoções e atrapalham a comunicação. Assim, a percepção desses equívocos abre caminhos em vista dos inevitáveis encontros com resistências no trabalho e facilita a busca pelo entendimento das razões e da sua legitimidade, o que favorece a reflexão e a desconstrução dos temores desproporcionais.
P. Dr. Victor Linn | Pastor, Psicanalista e Coach