Cadê @s jovens no culto?
Taelyne Andressa Greef, integrante do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje)
Nas Comunidades, frequentemente ouvimos que há pouca participação de pessoas jovens nos cultos. Tal afirmação nos fez buscar a razão desse suposto ‘desinteresse’ da Juventude Evangélica. Aproveitando o retiro de jovens da Paróquia Martim Lutero, no oeste baiano, ouvimos opiniões sobre o culto e aqui compartilhamos as nossas ‘conclusões’.
Para @s jovens, o culto é o encontro de pessoas que compartilham a mesma fé e a mesma causa. Um momento de paz e alívio, meditação sobre a Palavra de Deus. Sobretudo, um lugar onde um grupo de pessoas se encontra para falar de e com Deus. Jovens vão ao culto para interagir e socializar, por costume da família, por desejar comunhão com outras pessoas e com Deus, fortalecer a fé e, em alguns casos, a participação acontece somente em ocasiões especiais, como Natal, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial e Sepultamento.
Jovens alegam que a desmotivação em participar das celebrações provém de cultos com hinos cansativos, falta de instrumentos musicais, desinteresse, ausência de incentivo da família, falta de acolhimento pelas lideranças, pregações longas e, muitas vezes, sem um ‘fio vermelho’. Além disso, motivos como conversas paralelas e desatenção também foram levantadas como questões que @s jovens não gostam durante o culto.
Depois de tantos motivos para não participar, é importante salientar que jovens gostam de muitos outros momentos do culto. Os principais momentos que @s jovens apreciam no culto são: leituras bíblicas, hinos, oração de intercessão, bênção e uma pregação bem formulada. Além disso, o carisma do Ministro, da Ministra é algo que cativa e motiva à participação de jovens na Igreja.
É importante que a Comunidade crie espaços para a participação da juventude e que incentivem, desde cedo, jovens a manter ativa a vida comunitária. Buscar entender os motivos do afastamento é o primeiro passo para tentar solucionar o ‘desaparecimento’ de jovens nos cultos. Antes de tudo, é preciso valorizar a participação de cada um (crianças, jovens e pessoas adultas), para que a Igreja continue a realizar um bom trabalho.