IGREJA VIVA
AÇÕES CONCRETAS DEVEM SER EMPREENDIDAS HOJE
Ademar Gaedke, 47 anos, natural de Videira/SC, Mecanógrafo, casado há 25 anos com Veranise Cordeiro Gaedke e pai de Eduardo e João Artur, é membro na Comunidade de Videira, no Sínodo Norte Catarinense “A fé se expressa de inúmeras maneiras na minha vida, mas principalmente, nas ações pessoais e interpessoais. Ao crente de confissão luterana, a fé se expressa na relação com o próximo, não importando os nossos conceitos e preconceitos, mas o respeito com toda a Criação”.
Mecanógrafo por profissão há mais de 33 anos, o que envolve consertos em equipamentos de escritório, Ademar conta que, no ambiente de trabalho, a fé tem espaço nos diálogos que ocorrem quando alguém que está com problemas permite a aproximação. As relações sempre foram de respeito, ensinamentos e formação para a vida.
Ademar sempre esteve ligado à vida na Igreja, sendo que, em 1991, assumiu o primeiro cargo exe- cutivo na Comunidade. De 1992 a 2005, dedicou-se ao Culto Infantil.Os cargos foram os mais diversos: Secretário, Tesoureiro, Presidente (Comunidade e Paróquia), Delegado ao Concílio pelo Sínodo, 2º Vice-Presidente do Conselho Sinodal, suplente ao Conselho da Igreja e, atualmente, representante do Sínodo no Conselho da Igreja “Ser ´representante´ vai muito além de ´estar presente´. É ter responsabilidade quanto a decisões e rumos da IECLB”.
Como os grandes temas do Sínodo Norte Catarinense, o Presbítero enumera: o cuidado para com Ministros e Ministras, Campos de Atividade Ministerial e Presbitérios, além da formação, temática permanente nestes tempos de grandes mudanças comportamentais e sociais, alerta Ademar, que complementa “É por meio da Educação Cristã Contínua, com ações intersetoriais de diaconia, música, Lelut, OASE, Culto Infantil, que vamos avançando na missão sinodal como Igreja de Jesus Cristo”. Para o Conselheiro do CI, o desafio de ser IECLB na região fica por conta de reconhecer-se parte da ´unidade nacional´ como elemento fundamental propulsor do anúncio da Boa Nova em sua diversidade e especificidade local. Comunidade viva, Igreja viva são, ao mesmo tempo, esperança e motivo para estarmos em ação no caminhar juntos.
O que poderia ser melhor na IECLB? “Sinto falta de uma abertura maior, para além dos ´nossos´ muros sociais. Somos admirados e elogiados pelos ´de fora´, mas não conseguimos avançar no convite, na acolhida e na inclusão de mais pessoas à vida na Igreja”, frisa Ademar Gaedke, que compartilha a concretização de um sonho pessoal e o seu sonho para a IECLB “Em busca de autoconhecimento, em 2008 iniciei a formação superior em Serviço Social, viajando diariamente 100 quilômetros, pois a formação acadêmica tornou-se algo de fundamental importância. Em 2013, vou me formar, mas, desde já, uso os conhecimentos adquiridos também no meu trabalho na Igreja, pois sonhar a IECLB é deixar de lado boas intenções e partir para ações concretas, que devem ser empreendidas hoje! Do contrário, não haverá o que comemorar amanhã”.
PARTICIPAÇÃO ATUANTE
SINTO-ME ÚTIL NO ´CANTEIRO DE OBRAS´ DO SENHOR
Maria Odete Stahn, 36 anos, mineira de Bocaiúva, Designer de Moda, casada com Sérgio Paulo Stahn, mãe de Pedro Ricardo e ´mãe de coração´ da Jessica Stahn (filha do seu marido), é membro na Paróquia São Mateus, em Joinville/SC, no Sínodo Norte Catarinense “No meu cotidiano, busco na Palavra a orientação para as minhas ações. Também frequento regularmente os cultos e participo de forma ativa na minha Comunidade. Nas minhas orações, agradeço a Deus pelo privilégio de ´poder agradecer´, de estar viva.
Graduada em Design de Moda e cursando especialização em História da Arte, na sua profissão, Maria Odete sempre busca desenvolver projetos que possam agregar valor aos produtos das pessoas “Sou apaixonada pelo que faço e percebo o quanto a minha profissão pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Os conhecimentos que um Designer adquire durante a sua formação contribuem de maneira positiva para o trabalho que desenvolvo na Paróquia, lembrando que o foco principal é o reaproveitamento de materiais, bem como o desenvolvimento e a melhoria de produtos, visando à geração de renda para a manutenção dos trabalhos diaconais”.
Maria Odete diz estar ´engatinhando´ na sua caminhada na IECLB e pretende continuar contribuindo com o seu conhecimento e a sua fé para melhoria da qualidade de vida do próximo. Desde o momento em que foi convidada para fazer parte do Grupo Pontos de Amor, Maria auxilia este grupo e outros que a procuram em busca de ideias para aplicar nos seus trabalhos “Colocar os meus dons em favor do próximo me faz crescer profissional e espiritualmente. Sinto-me útil no ´canteiro de obras´ do Senhor”.
Como os grandes temas do Sínodo Norte Catarinense, a Designer aponta o Plano de Educação Cristã Contínua, a diaconia, a liturgia, o cuidado com
Ministros e Ministras, a juventude e a confessionalidade luterana. Os desafios de ser IECLB na região são muitos e, entre eles, estão o cuidado com a confessionalidade luterana, com os sacramentos e com o uso da veste litúrgica “Ser uma Igreja missionária, levando em conta o contexto onde se vive, têm ocupado Diretoria e Ministros do Sínodo. A saúde pública também está na pauta e tem desafiado as Paróquias e as Comunidades que compõem o Sínodo”.
O que poderia ser melhor na IECLB? “Uma participação mais atuante nas Comunidades e a maior rotatividade de Pastores, pois a permanência muito prolongada pode gerar morosidade e acomodação”, sugere Maria Odete Stahn, que sonha com uma IECLB que trabalhe cada vez mais com temas ligados à diaconia, ressaltando a importância de termos uma fé ativa e participativa “Sonho que temas como preconceito em todos os níveis sejam trabalhados junto às lideranças, pois é possível perceber muito preconceito em âmbito paroquial. Seria importante, ainda, criar canais de comunicação para que a Comunidade pudesse falar diretamente com outras instâncias superiores na IECLB, sem precisar passar por uma Diretoria Paroquial, bem como Presbitérios”.