Durante uma refeição, Jesus instituiu o que veio a ser a Ceia do Senhor
Durante uma refeição, Jesus instituiu o que veio a ser a Ceia do Senhor. Na ocasião, estavam à mesa Jesus e os discípulos. Quando, hoje, celebramos a Ceia do Senhor, normalmente participam bem mais que 13 pessoas! Daí que, recorrentemente, surgem perguntas...
Entre as perguntas, estão: De que forma dá para comungar? Reunir ao redor do altar (ou mesa da comunhão) tantas pessoas quantas cabem em círculo? O que fazer se ficar muito demorado? Devese pedir que as pessoas formem círculos onde estão sentadas? Como fazer isso em meio aos bancos? É correto pedir que as pessoas venham em fila indiana para comungar? De novo na fila, como na emergência do hospital?!
Não existe uma resposta para essas perguntas, mas há soluções distintas e significativas. Um critério fundamental é que a forma de comungar ajude a expressar comunhão. Afinal, o cálice da bênção é a comunhão do sangue de Cristo. O pão que partimos é a comunhão do Corpo de Cristo. Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo (1Co 10.16-17).
Vamos à Ceia do Senhor para receber novamente o que o sacrifício de Cristo nos deu, para sentir o gosto do perdão dos pecados diários, para ouvir e degustar que, em Cristo, podemos recomeçar. Isso é dito para mim! É dito para você! É dito para ele e para ela. É dito para nós. É celebrado. Nós o vivenciamos na Ceia. Por isso e a partir disso, caminhamos em busca da unidade: na fé, no testemunho e no empenho pela paz.
Dependendo do número de pessoas que participam no Culto, dá para expressar a comunhão em Cristo reunindo as pessoas em círculo ao redor da mesa da comunhão. Dependendo da mobilidade que o local do Culto possibilita, é possível fazer vários círculos simultâneos ou até um único grande círculo.
Também faz sentido a comunhão andante (em filas), pois somos povo peregrino, caminhante. Na jornada diária, nos alimentamos na mesa do Senhor. Para lá nos dirigimos e de lá saímos para o dia a dia.
A Ceia do Senhor tem muito a ver com uma refeição. Sobre isso é importante dialogar. Boa conversa!
P. Dr. Romeu Martini | Assessor Teológico da Presidência da IECLB