Pela construção de uma sociedade justa e democrática(parte 2/2)
O distanciamento social como forma de proteção à vida, em meio à pandemia do Covid-19, forçou a necessidade de repensar, suspender ou adaptar ações planejadas e criar novas ações em resposta ao atual contexto.
- Trabalho com casais: o evento presencial planejado para acontecer em maio de 2020 foi suspenso. Será constituído um grupo de apoio para refletir e articular ações que potencializem a força missionária desse trabalho.
- Articulação para superação de preconceito étnico-racial: em sintonia com a Meta Missionária 4, foi retomada a parceria com o Grupo Identidade, da Faculdades EST, com vistas a articular ações conjuntas para a sensibilização, prevenção e superação dos preconceitos étnico-raciais, dentro e fora do âmbito eclesial.
- Articulação para superação da violência contra a mulher: considerando o aumento do índice de violência doméstica, no atual período de distanciamento social, foi intensificada a parceria com a Fundação Luterana de Diaconia (FLD) e o Programa de Gênero e Religião, da Faculdades EST, visando a articular ações conjuntas para transformar essa realidade que fere a vida das mulheres e a integridade de toda a família. Com base nesta articulação, destacamos os momentos de diálogo e formação com grupos de Ministras e Ministros e lideranças dos Sínodos Nordeste Gaúcho, Noroeste Riograndense e Espírito Santo a Belém, que resultaram na formatação do curso online de extensão comunitária Violências contra as mulheres e o papel de Ministras, Ministros e Comunidade.
A Campanha Por um Lar sem Violências, lançada em abril de 2020, em parceria com o PGR/EST, visa a fortalecer a Ação Missionária da IECLB na promoção da vida digna e na superação da violência doméstica e familiar. Além de sensibilizar para o diálogo e a busca por soluções, a Campanha motivou o envolvimento de Ministros, Ministras e lideranças comunitárias na divulgação da temática por meio de lives e da produção de três vídeos. O material da Campanha pode ser acessado via Portal Luteranos.
Frente às manifestações crescentes de intolerância e preconceitos, é necessário continuar se empenhando no testemunho público de defesa da dignidade humana e do respeito à diversidade.
As ações devem incluir denúncia, questionamento às hermenêuticas que insistem em fazer uso da Palavra de Deus para justificar desigualdades e sustentar relações de opressão, seja por questões de gênero, raça ou orientação sexual.
As ações da Igreja precisam incluir práticas de acolhimento e acompanhamento, de formação e sensibilização, a fim de celebrarmos a multiplicidade de dons que mulheres e homens trazem consigo, sejam brancos, pardos, negros e índios.
Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias da IECLB
MOMENTO |
Desafios
Neste período em que o distanciamento social se apresenta como a forma mais segura de proteção à vida, mulheres, crianças, pessoas idosas e com deficiência que vivem com quem lhes agride, necessitam de mecanismos que lhes permitam falar, de forma segura, sobre a violência que sofrem.
Na condição de Igreja, também temos desafios, como: 1) criar espaços seguros de fala e escuta para situações de assédio e violência nas Comunidades, sobretudo, uma ouvidoria como recurso nacional, 2) capacitar Ministros e Ministras para aconselhamento e acompanhamento de mulheres em situação de violência e 3) continuar trabalhando para melhorar a equidade de gênero nos espaços de decisão e cargos de lideranças.
para aconselhamento e acompanhamento de mulheres em situação de violência e 3) continuar trabalhando para melhorar a equidade de gênero nos espaços de decisão e cargos de lideranças.