Jornal Evangélico Luterano

Ano 2016 | número 800

Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024

Porto Alegre / RS - 08:49

Atualidade - P. Oneide Bobsin

Para onde vamos?

   Não sei para onde caminha a humanidade. Quando souber, vou para o outro lado. É uma frase sábia do Escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo. De fato, ele sabe – e nós também sabemos – que a humanidade caminha como ovelha que vai para o matadouro. Mesmo que haja minorias que já estejam caminhando para o outro lado e busquem outra civilização, diferente da capitalista e consumista, há mais desesperança que esperança.

   Ao olharmos para os dados a respeito dos gases do efeito estufa e para a impotência dos Governos diante da insustentabilidade do nosso modo de vida, tendemos a concordar com o Teólogo Leonardo Boff , que chega ao extremo de dizer que o mundo sobreviverá melhor sem a presença da humanidade. Mesmo assim, Boff , incansavelmente, assessora o Papa Francisco, uma personalidade internacional mais ouvida pelos de fora que pelos seus, da própria Igreja Católica, quando se trata do cuidado respeitoso com a Criação de Deus. Boff e Francisco estão indo para o outro lado.

Não sei para onde caminha a humanidade

   Quando testemunhamos, ecumenicamente, que a salvação, as pessoas e a natureza não estão à venda, já estamos caminhando para o outro lado. Da mesma forma, quando buscamos outras fontes de energia renováveis, já sabemos que caminhamos ao contrário da maioria. Ao largarmos o comodismo do automóvel particular e usarmos meios de transportes coletivos, já estamos indo para o outro lado.

   Para que lado caminhamos como Comunidades de fé? Estamos caminhando como a maioria da humanidade ou para o outro lado? Sabemos que não é fácil caminhar no sentido contrário da maioria. É mais cômodo seguir a marcha das ovelhas, que vão sem berrar para o matadouro, que ser um cidadão e uma cidadã que andam para o outro lado.

   A mentalidade dominante dos nossos tempos e templos não quer ouvir sobre a necessidade de confessar pecados e fazer uma ‘meia-volta radical’. Não queremos pregadores e pregadoras que nos acusem de pecadores, mas que acalentem as nossas almas.

   Se escutarmos a Palavra, que sempre indica o caminho para o outro lado, não daremos ouvidos aos sonhos dos novos pastores midiáticos, que se enriquecem com aqueles que buscam sonhos. O profeta que tem sonho, conte-o como apenas sonho, mas aquele em que está a minha palavra fale a minha palavra com a verdade (Jeremias 23.28).

   Já sabemos para onde caminha a humanidade do nosso mundo desenvolvido, ocidental. Logo, podemos ir para o outro lado!

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