
Gottfried Brakemeier, professor e pastor, aborda a inquietante pergunta: qual é a diferença entre vocação e profissão? E quando diz respeito ao ofício na igreja, a questão torna-se ainda mais severa: é possível ser vocacionado e não trabalhar de forma profissional? Ou, ainda, é possível ser profissional sem sentir-se vocacionado para tal, um “profissional religioso”? Atuar como religioso seria profissão? Ou seria vocação? Se for uma questão de vocação somente, o ministério ficará reservado a uma categoria especial de pessoas: às “vocacionadas”. Alega-se simplesmente falta de vocação para quem fica de fora. Se, por outro lado, o ministério não passar de uma profissão entre outras, basta adquirir as respectivas competências e buscar emprego junto a entidades religiosas. Nesse caso, será a demanda do mercado que decidirá sobre a validade do ministério..
Neste livro, Brakemeier trata da relação entre vocação e profissão, reflete também sobre a autoridade da igreja e de religiosos e religiosas nos dias atuais, em meio ao vasto mercado religioso. Além disto, no capítulo três, fundamenta a ordenação de mulheres para o ministério eclesiástico a partir do exemplo da IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Editora Sinodal